Richard Stallman afirma jogos Valve no LInux são antieticos

[Renato Santos]

Por experiência própria, digo que os jogos no Linux podem, sim, atrair novos usuários. Eu mesmo comecei a usá-lo quando vi numa banca de revista uma versão do Conectiva Red Hat Linux Marumbi. Nela vinha a versão shareware do Quake 1 para Linux. Comprei e passei uma tarde inteira tentando deixar o sistema em dual boot, com o tal jogo no Linux (meu PC era um Pentium 233 MHz com 32mb de ram).

Aliás, essa época foi bastante interessante. Comecei a testar vários sistemas operacionais, tentando ver qual deles rodava bem no meu hardware. Passei por várias distros, algumas *nix e até o BeOS .

Hoje vejo que valeu a pena.

[portaro]

O que Stallman sabe e provavlemente quer dizer é que estas coisas são tudo aquilo que deve rejeitar o movimento livre, uma coisa é linux negocio outra totalmente diferente linux como mundo digital livre dinâmico e aberto.

Se voçe fecha codigo então limita, se o abre expande e abre.

Provavlemente tendamos a têr um windows linux no futuro.

Eu não subscrevo nada que por via do negocio se façam linux com nucleos modificados para melhor preformance em aplicaçoes mairoitariamente fechadas.

[Magnun Paula]

A política permeia nossa vida cotidiana o tempo todo, não só a micropolítica mas também as macropolíticas. Stallman com certeza não está preocupado com sua ou a minha diversão, e pelo jeito, também não lhe importa que aumentem os usuários de linux.

Usar linux não faz sentido se não for para ser livre, ou seja, usar linux em si não é o objetivo mas sim um meio. Porém se esse meio (e seus adeptos) deixa de ver a liberdade como objetivo e passa a glorificar mais a existência do meio do que a finalidade, algo que era pra ser bom passa a ser prejudicial.

Exemplo 1 - Socialismo < Comunismo:

Spoiler:

Marx não fez um manifesto socialista, ele fez um "Manifesto Comunista", o comunismo não foi ideia de Marx, essa ideia já era bem difundida na Europa, o que Marx fez foi basicamente o que Linus fez, dar um meio para alcançar o objetivo. Linus nos deu o Linux e Marx teorizou o Socialismo. O Socialismo, um Estado forte o suficiente para suprimir a diferenças entre classes sociais e dar igualdade aos homens, depois que essa igualdade existir não precisa mais de um Estado forte e a sociedade ruma a ultima barreira hierárquica, o fim do Estado. O problema é que os seguidores geralmente se estacionam no meio, revolucionários de ontem se tornam os reacionários de hoje. O que é de certa forma até compreensivo...

Exemplo 2 - Poder pelo poder:

Spoiler:

Essa história todo mundo já conhece, o movimento começa com ideais lindos e apaixonantes, mas conforme vai conseguindo mais adeptos as lideranças do movimento e talvez até o movimento como um todo fica deslumbrado com o aumento de gente (ou poder) que eles conseguem e passar e ter isso como objetivo. Agora o objetivo não é mais o ideário, as lindas ideias passam a ser superficiais entre os adeptos, eles as usam somente para conseguir ganhar mais gente, porém na prática não se importam. Esse geralmente é o caminho percorrido quando militância vira torcida...

Então hoje boa parte da comunidade está deslumbrado com as possibilidades de aumento de usuários Linux pela vinda do mercado de jogos, algo que é certo. Porém esses esquecem que o mercado é privado e retira dos usuário suas liberdades. Ao invés da comunidade desenvolver jogos livres atrair os que querem diversão e liberdade a comunidade esta permitindo que o inimigo venha com a diversão proprietária e conquiste o mundo livre.
O que vem acontecendo é que Linux passa a ser modinha, um estilo de vida ou gosto diferente, pois perde toda o ideial de liberdades que tinha, o ideal pelo qual nasceu o Linux, as liberdades.