Alguns anos atrás era líquido e certo: Todo mundo dentro da comunidade do software livre tinha CERTEZA de que o Windows estava com os dias contados. Era 2004 e o Ubuntu, em uma arrogância incrivelmente divertida reportava seu Bug #1: “Windows tem a maior fatia de mercado”.
Um ano antes a Microsoft apresentou a célebre paródia de Matrix, Ballmer dizia que Linux era coisa de comunista e a impressão era que o desespero batia em Redmond. Depois veio o barraco do Microsoft Office vs OpenOffice, a histeria dos “padrões abertos”, diversas empresas migrando pro OO e ODF.
Depois as empresas voltaram pro Microsoft Office, o Linux no Desktop NUNCA saiu do equivalente à audiência do Saturday Night Live Brasil e no mundo corporativo todo mundo abraçou a interoperabilidade. Usa-se a ferramenta mais adequada, e ela deve falar com todas as outras, não importa se seja Linux, Windows, MacOS…
Só que as câmaras de hibernação na Linux Foundation foram abertas, e gente que perdeu os últimos dez anos voltou com tudo. Que o diga o relatório onde no melhor estilo Mãe Dinah, preveem que em 5 anos o Linux estará presente em 80% das empresas.
Melhor: Nas palavras deles, “o Linux vem crescendo a uma taxa de 12,7% ao ano enquanto o Windows está estagnado com um crescimento de 3,2%”. Isso mesmo, Estagnado em crescimento.
Como outra “prova” do sucesso do Linux mostram que a participação de mercado do Unix caiu 24,1% e a da Linux subiu 7,12%. Notem que não falaram para onde foram os 16,98% que faltam.
Dada a agilidade do mercado de TI, acho MUITO complicado fazer previsões para 2018, mas uma certeira é que o mercado de desktop está encolhendo rápido, estamos migrando para computação em nuvem, o desktop voltou a ser um terminal burro, não importa muito o SO que ele está rodando.
O lado bom da notícia é que os fãs do Linux ganharam 5 anos de folga, não precisam mais todo ano acreditar nas próprias previsões e inventar desculpas quando não se concretizam.
Portanto, parabéns aos envolvidos e até 2018!
meiobit