Para muitos, o Ubuntu 12.04 representará um ponto de fazer ou parar para o sistema. Embora o Ubuntu continue como a distribuição Linux mais usada em números absolutos e o interesse em torno do sistema continue forte, a mudança do Gnome para o Unity e outras rupturas criadas durante o ciclo de desenvolvimento do sistema deixaram muitos usuários de sobreaviso e fez com que muitos continuassem a avaliar outras opções, retardando uma eventual mudança para o sistema. A proximidade do lançamento do Windows 8 é também um problema, já que faz com que o interesse do público se concentre nas mudanças do sistema da Microsoft.
Tendo tudo isso em mente, muita coisa está em jogo em relação ao 12.04. A primeira boa notícia é que está será uma versão LTS, o que significa um ciclo de desenvolvimento mais previsível e um sistema final mais estável, sem os sustos e solavancos que marcaram as últimas versões. Embora muitos torçam o nariz, a ideia de desktop Linux está perdendo um pouco de momentum, já que a maior parte dos usuários, incluindo muitos dentro do grupo mais técnico estão mais interessados em outras classes de dispositivos, linguagens e métodos de desenvolvimento e tecnologias relacionadas à web, vendo o desktop como um sistema pau de obra, que deve funcionar sem precisar de muita atenção. Escrevi um artigo sobre este tema ainda em 2008, e se fosse reescrevê-lo hoje não mudaria mais do que algumas poucas palavras: http://www.hardware.com.br/dicas/linux-desktop.html
Voltando ao Ubuntu, a segunda notícia é que a Canonical divulgou que o 12.04 receberá um ciclo de suporte extendido, de nada menos do que 5 anos, tanto para servidores quanto para desktops, atendendo tanto à ânsia dos usuários corporativos, quanto de usuários domésticos já sobrecarregados com outros desafios, que querem apenas um desktop que funcione e se mantenha atualizado sozinho, sem solavancos. Com um ciclo de suporte tão longo os usuários do Ubuntu terão mais um argumento a favor da ideia de sistema para as massas, pelo menos em relação às versões LTS.
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