Quando hackers viraram ativistas políticos? Qual a ética deles? O que os motiva? Documentário sueco quer mostrar que hacker é 'gente como a gente'. Confira o trailer
A cultura hacker nunca esteve tão presente nos noticiários de jornais do mundo como agora. Autores de ações quase sempre arrojadas e de um atrevimento cinematográfico, a palavra “hacker” compõe bem uma manchete sensacionalista. Mas talvez o início do texto esteja errado: não é a cultura que está sob o holofote, mas sim o imediatismo de um ou outro ato, normalmente vinculado ao termo vandalismo – palavra-chave para desmontar instantaneamente o menor vestígio de que determinada atitude possa ser, no final das contas, positiva. Se você tem vontade de entender qual é a desses caras que sabotam multinacionais mais poderosas que países, que arriscam a própria liberdade, enfim, se você nutre o mínimo de curiosidade pra saber o que motiva os hackers a serem hackers – e o que eles fazem quando não estão hackeando – saiba que tem um filme sendo feito exatamente sobre isso. E você pode ajudar a torná-lo realidade.
Chamado de Hackitat, a ideia de destrinchar esse universo surgiu quando uma casa que servia de lar para um coletivo de hackers na Suécia foi invadida por policiais armados. Eles recolheram computadores e outros equipamentos e aproveitaram para agredir e prender algumas pessoas. Uma delas, apelidada de mackt, chegou à conclusão que aquilo era apenas um sintoma. Segundo ele, a ignorância era a causa da prisão. As pessoas não confiavam em hackers, porque não os entendiam. Ele procurou uma produtora e eles começaram a trabalhar no filme.
Um exemplo da abordagem do filme: os diretores querem falar com os caras que ajudaram a derrubar ditaduras na Primavera Árabe – não as pessoas que tuitaram ou escalaram monumentos nas praças lotadas, mas aquelas que derrubaram servidores do governo, invadiram sites do poder público. Ou seja: os soldados da guerra digital, não os civis, simpatizantes da causa.
Eles querem rodar o mundo pra mostrar as diferenças culturais e deixar bem claro que por trás de cada ação, existem humanos que diferem entre si, ainda que carimbados com o mesmo rótulo: hackers. Como você deve ter reparado, boa parte do filme ainda está para acontecer. Isso porque os produtores estão arrecadando dinheiro através do indiegogo, plataforma de crowdfunding – aqueles sites que juntam dinheiro de quem gosta do projeto para viabilizá-lo, dando brindes simbólicos em troca. Se você curtiu a ideia e quer ver o filme pronto, clique aqui para contribuir.
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CREATION SOURCE: 
Revista GalileuVivamos a LIBERDADE com total DIGNIDADE!
Abaixo, você pode conferir o trailer do filme (todo em inglês) – no final, alguns dos participantes explicam a proposta e dizem o que planejam fazer com a grana arrecadada.
