A escola inglesa Topcliffe Primary, que tem 25% de alunos com autismo, é a primeira do Reino Unido a receber a tecnologia. Os robôs foram doados pela fabricante francesa Aldebaran e custam 15 mil euros (cerca de R$ 39 mil).
Em entrevista à BBC, o diretor da escola, Ian Lowe, disse que as crianças autistas têm maior facilidade de interação com os robôs do que com seus professores. " As crianças que no primeiro momento entram na escola sem a capacidade de fazer contato visual com os seres humanos começam a se comunicar através dos robôs" , completou.
Chamados de Max e Ben, os dois robôs são usados para ensinar fonética e conseguem manter as crianças concentradas com jogos de cartas e jogos de memória. A diretora do Autism Centre for Education and Research da Universidade de Birmingham, Karen Guldberg, afirmou que pesquisadores estudam melhores formas de programar esses robôs para que eles possam ajudar a desenvolver tanto a interação social das crianças quanto suas habilidades de comunicação.
Segundo a doutora Guldberg, tal tecnologia poderia funcionar muito bem em classes regulares também, tendo em vista que, se é possível atender às necessidades de crianças autistas, então é possível também satisfazer às necessidades de todas as crianças.