Com o decorrer do tempo, o Ubuntu vai ficando carregado de actualizações. Todas as actualizações são importantes para melhorar a segurança e desempenho do seu computador. Relativamente às actualizações do Kernel (o coração do Ubuntu), como ele é tão importante e tem todas as funcionalidades necessárias para interagir directamente com o seu hardware, ele pode não funcionar numa nova actualização. Exactamente por esse motivo o Ubuntu nunca remove as versões anteriores do kernel de modo a que, no caso de haver problemas nas actualizações, o utilizador possa ter o Ubuntu em perfeito funcionamento.
Apesar desta filosofia ser importantíssima, durante vários meses pode haver várias actualizações do kernel o que significa que o seu computador fica com todas essas versões que ocupam bastante espaço do disco. Ora, como você apenas utiliza uma delas, é aconselhável que remova todas as outras para poder ter mais espaço no disco.
Cada versão do Kernel tem pelo menos cerca de 60MB de pacotes que depois de descompactados ocupam bastante mais espaço. Para além disso, cada Kernel tem duas entradas no Grub (a aplicação que aparece em primeiro lugar sempre que liga o computador e onde pode escolher entre o Windows e o Ubuntu), o que polui bastante quando existem várias actualizações do Kernel.
Por exemplo, no caso do meu Ubuntu, que tem apenas 4 meses, já tem 3 kernel’s (ver imagem seguinte). Isto significa que no Grub existem 6 entradas de kernel’s para além das outras normais. Como eu apenas utilizo o Kernel mais actual posso remover os anteriores (os outros dois). No meu caso (como pode ver na primeira imagem do artigo), ao remover apenas os dois kernel’s vou poupar cerca de 370MB!!
Portanto, no caso de você ter mais do que um Kernel e está a utilizar o último que funciona em perfeitas condições, o nosso conselho é remover os antigos pois não lhe interessam. Atenção: apenas neste caso; caso por exemplo a última actualização não funcione perfeitamente, pense duas vezes em fazer o que é referido neste artigo!
Este artigo é constituído por duas partes que fazem o mesmo e que o utilizador deverá optar por uma delas. Como existe duas alternativas, serão expostas no artigo e deverá escolher conforme o gosto do utilizador. A primeira opção faz uso de uma das funcionalidades do Ubuntu Tweak que tem como único objectivo remover kernel’s antigos; a segunda opção, a minha recomendação, é a utilização de um comando que automaticamente remove os kernel’s antigos sem ser necessário a instalação de programas extra (neste caso o Ubuntu Tweak).
Alternativa 1 – Remover através do Ubuntu Tweak
O Ubuntu Tweak é uma excelente aplicação que permite fazer muitas modificações e optimizações importantes no Ubuntu. Uma das optimizações é exactamente a referida neste artigo: remoção de Kernel’s antigos.
Sendo assim, se optou por utilizar este método para remover os Kernel’s antigos, então terá de instalar o Ubuntu Tweak. Poderá ver todas as informações necessárias para a instalação do Ubuntu Tweak neste artigo:
Depois de ter esta excelente aplicação instalada, abra-a através do menu do Ubuntu em Aplicações →Ferramentas →Ubuntu Tweak.
Na nova janela, seleccione do lado esquerdo a opção “Limpeza de Pacotes“.
De seguida, para ter acesso às várias funcionalidades administrativas deverá clicar no botão “Desbloquear” e escrever a sua senha de administração.
Quando tiver acesso às várias funcionalidades, clique no botão “Limpar Kernels” para apresentar os vários Kernel’s antigos.
Por fim, clique na opção “Seleccionar todos” para seleccionar todos os kernel’s antigos e de seguida clique no botão “Limpar“.
Alternativa 2 – Remover através de um comando
Apesar da alternativa anterior ser extremamente simples, para além de ser demorada por ter de fazer vários cliques, ela ainda exige a instalação de um programa. Ora, por isso mesmo, sugere-se que alternativamente utilize este procedimento descrito pelo André Gondim que basicamente apenas precisa de copiar um comando para o terminal e digitar a senha administrativa.
Sendo assim, para remover os Kernel’s antigos apenas precisa de abrir o terminal e escrever o seguinte:
Obrigado :)
acabou de ferrar com o meu unity, a interface gráfica não inicia mais :[
eu só cliquei na parte de personalização e o unity travou. Usando o Ubuntu 11.10, sem falar que na hora de baixa-lo pelo terminal houveram alguns erros por não encontrar a fonte dando erro 404.
vou ter que ver se consigo reparar pra não ter que reinstalar o sistema
vlw.
Olá Neubert,
Garanto-lhe que o comando do terminal não tem rigorosamente nada a ver com o que se passou consigo relacionado com o Unity! Este comando apenas afeta os kernels antigos e de forma algo remove algo sem ser kernels!
Provavelmente foi algo que você fez sem ser a remoção de kernels! Até porque não existe comunicação para a Internet ao executar este comando, por isso nunca podia dar erro 404!
Abraço ;)
Acabei de liberar 800 MB! Muito bom o artigo! Também gostaria de entender esse comando utilizado! Alguém poderia explicar ele melhor???
Grande abraço!
Removido cerca de 500MB !
ótimas dicas!
Abraços!
acabei de liberar 2116MB aqui.! valeu :D
woowwwww Rodolfo, incrível! Significa então que este artigo foi um achado para si, não!? :D
Thanks! :)
[...] Entretanto, e antes de apresentar outras funcionalidades, se quer apenas remover entradas dos vários Kernels do Ubuntu, recomendo que veja o artigo do link seguinte. Este artigo, para além de remover as entradas do Grub2 automaticamente, ainda fará com que você recupere muito espaço ocupado em disco: Ganhe espaço removendo Kernel’s antigos! [...]
[...] Entretanto, e antes de apresentar outras funcionalidades, se quer apenas remover entradas dos vários Kernels do Ubuntu, recomendo que veja o artigo do link seguinte. Este artigo, para além de remover as entradas do Grub2 automaticamente, ainda fará com que você recupere muito espaço ocupado em disco: Ganhe espaço removendo Kernel’s antigos! [...]
Eu costumo fazer isto através do Synaptic.
Simplesmente faço uma procura pelos pacotes linux-headers e coisas parecidas e removo as versões antigas.
Como foi dito no artigo e em alguns comentário, é preciso ter algum cuidado com a remoção de Kernel’s antigos, pois o nosso querido ubuntu pode ter algum erro e depois ser impossível recuperar sem iniciarmos com o Kernel que eventualmente apagarmos.
Ainda assim, costuma ser seguro.
Olá Daniel Drumond,
Obrigado pelo comentário.
Abraço
Obrigado, Cláudio!
Olá Fábio Carvalho,
Obrigado pelo comentário ;)
Exactamente, eu gosto do terminal pois para quem sabe e é confiável por outras pessoas, é algo extremamente rápido para se exercer.
Olá eduardo,
Eu normalmente só faço a limpeza dos Kernel’s quando tenho a certeza que o mais actual está a funcionar correctamente. Nunca me aconteceu de um kernel que funcionasse bem, deixasse de funcionar. Aliás, acho isso estranho, pode ser o seu disco que tenha problemas em alguns sectores.
O meu conselho é ver se ele funciona realmente bem, utilizando-o durante algumas semanas. Se funcionar bem, creio que não há grandes riscos de apagar todos os outros!
Olá Nelson Simão,
Exactamente!! É mesmo esse o objectivo do UBUNTUED, é ajudar os utilizadores a optimizarem o seu Ubuntu que por padrão está feito para ajudar todas as pessoas e não para ajudar muito bem um utilizador em específico. Sendo assim, através do Ubuntued consegue-se optimizar à medida o nosso Ubuntu!
Aguardo novos comentários seus, pois os comentários são o combustivel de nós blogueiros! ;)
Olá Lucas K,
Exacto, também não utilizo a Consola frequentemente, mas para fazer acções em que são muitíssimo mais rápidas não abdico. Não é preciso odiar uma coisa que pode ser muito útil. O facto de não gostar e não saber utilizar, não significa que deva ser posta de lado, principalmente quando há sites como este e muitos outros onde se explica o que acontece e é comprovada que a acção é muito mais rápida de se fazer.
Olá Daniel Drumond,
O dpkg mostra a lista de pacotes que começam com aquele nome “linux-”;
No comando a seguir, que tem outro dentro, faz a limpeza dos caracteres todos dessa lista ficando apenas o nome dos pacotes. Para além disso, limpa também da lista o pacote do kernel mais actual para não o remover.
Por fim, o comando xargs pega em cada linha e executa por ela aquele comando.
Olá @JosephDiniz,
A solução é mais simples em termos de compreensão, no entanto requer mais tempo, pois é preciso fazer vários cliques e requer a instalação de novos programas.
Mas claro, como é óbvio por janelas é sempre mais natural e por isso mesmo tento sempre ter as duas hipóteses nos artigos! ;)
Grande dica. Muito bom!!
Usei a primeira dica, pois sou da filosofia de que, se existe uma forma mais simples e alguém se deu ao trabalho de faze-la, pq não prestigia-la e ainda me facilitar a vida? Por isso sempre que posso estou explorando o gconfig-editor, tem tantas opções lá, que a muito tempo não abro o terminal para modificações na minha conta.
Parabéns pelo blog!
Ótimo artigo!
Mas… Alguém poderia explicar o comando citado?
Achei ele *meio* extenso…
Ao que entendi ele procura pelos arquivos de início do nome ‘linux-’ e depois não entendi muito bem, O.o”. O que o “dpkg” faz, também? Obrigado! : )
Para que instalar um aplicativo se o bom e velho bash resolve?
A linha de comando pode ser velha, mas sempre acaba sendo minha opção de solução!
Acabei de usar a segunda opção…ganhei 700 Mbytes no disco uhuh! Tinha ainda umas 4 ou 5 actualizações antigas.
Já agora parabéns pelo blog, já venho aqui há uns meses, sigo sempre pelo twitter, e agora este mês tenho andado a ver vários artigos e a configurar o meu Ubuntu, está mais leve e bonito…assim como se querem as mulheres, bem bonitas e não muito pesadas! xD
Abraço!
Boa.. é bom sempre deixar pelo menos 1 kernel antigo..
ja aconteceu ums 3 vezes de dar erro… éé raro.. mas pode acontecer.. e nesse caso é melhor ter 100MB sendo utilizados do que ter que arrumar a bagunça.
Ótimo, mais uma bela dica para o ubuntu!
E mais uma vez o terminal se mostra a alternativa mais rápida e mais simples (principalmente se você souber o comando) do que o modo gráfico.
Obrigado pelo feedback, por dizerem a opção que escolheram. Aguardo mais feedback sobre isso mesmo pois recebo muitos emails de utilizadores a dizerem que não tem nexo eu incluir sempre a “velha” linha de comandos.
No entanto, pelo que estou a ver, creio que é a alternativa que escolhem ;)
Cláudio, adotei a segunda alternativa, por não precisar instalar mais nada no computador e por que eu gosto de linha de comando.
;-)
Matéria excelente, há muito estava querendo limpar meus Kernel”s antigos, usei a segunda opção proposta foi maravilha, Parabéns André
muito obrigado
Abraços
Muito bom o artigo. Tenho a mesma situação no meu computador, “poluindo” a tela de seleção e ainda ocupando espaço.
Este artigo já vai me resolver um problema. ;-)
Abraço.
Olá Ronaldo e demais utilizadores,
Gostaria de vos pedir que comentassem o artigo dizendo, também, qual o método que escolheram. Queria saber apenas como estatística, não irei mudar as minhas metodologias, salvo novas sugestões ;)
Abraços
Sempre possui ambição por isso. Não aprecio aquela listagem extensa do Grub. Saudações Cláudio e André Gondim(Colega do #ubuntu-br). Até logo.
Olá Thiago,
Também não gosto nada das listagens tão extensas. Sempre tive o cuidado de manter essa lista limpa até porque para quem não conhece o Ubuntu até se assusta ao ver uma coisa daquelas a aparecer imediatamente a seguir ao arranque do computador!
Abraço e obrigado pelo apoio ;)
Valeu a citação!!
abração! ;)
Olá André,
No ubuntued damos sempre importância às referências! É assim que o mundo da blogosfera deveria funcionar e quem é dessa opinião não tem mais que fazer exactamente o mesmo quando se encontra em situações semelhantes.
Já agora, o meu obrigado por ter trabalhado para enriquecer este artigo ;)
Abraço