O que vale mais: a sua liberdade ou suas contas do Google?

[Luciano Fernandes]

Boa tarde! Desejo que todas(os) estejam bem


Postado por Vinícius Vieira


Se você ainda não sabe, a política de privacidade do Google mudou hoje. E se você também não sabe, a sua vida vai ser muito mais controlada pelo “gigante da internet” a partir de agora. Vou resumir o que mudou pra melhor e o que mudou pra pior (um pior preocupante):

Positivo

Como o próprio Google afirma em seu email, a legislação da empresa está mais consistente: os termos de adesão estão bem mais fáceis de serem lidos e até ficaram atrativos – quem sabe até você dê uma olhada nas novas regras de privacidade de vez em quando, só para saber com quem está se metendo.

Mas o que importa mais é o que acontece durante a navegação. A partir de agora, as informações colhidas em um dos serviços da empresa serão integradas com o que for digitado nos demais. É mais ou menos assim: se você acessa muitos vídeos sobre futebol no YouTube ou manda emails sobre o esporte para seus amigos, suas pesquisas com o termo “Ronaldo” no Google normalmente serão direcionadas ao atleta. Mágico, não?

Negativo

Em uma palavra? Privacidade. Se você já achava que o Google tinha controle total sobre as suas ações no YouTube ou Google+ e passava dos limites ao enviar publicidade baseando-se em suas mensagens do Gmail, acredite: ficou ainda pior. E isso a empresa não sai divulgado por aí, fazendo com que muita gente ache que as melhorias nos Termos de Serviço sejam totalmente benéficas – e cabe a pessoas e veículos especializados alertar o leitor sobre esses perigos.

Com a integração entre os serviços, todos os seus dados serão recolhidos pela empresa e analisados ao mesmo tempo, aumentando a precisão da publicidade direcionada. São informações pessoais, gostos, localização e contatos, entre várias outras coisas. Em resumo, ele agora vai saber absolutamente tudo sobre você. Se duvidar, mais até do que seus parentes e amigos mais próximos.

Além disso, o fato de todos os serviços contarem com as mesmas regras não só facilita a parte política interna do Google, mas dificulta que brechas sejam encontradas em acusações ou processos contra a empresa (e eles são muitos, acredite).

E você não pode “escolher” que tipo de informações quer compartilhar: a gigante de Mountain View não oferece retorno ao sistema antigo, recolhendo todos os dados processados sem dar uma chance de defesa.

É minha gente, a poucos dias atrás brigamos contra as Leis SOPA/PIPA/ACTA por crermos que afetavam nosso direito a liberdade na web. Porém agora, sorrateiramente, o Google, empresa que 90% dos usuários da internet tem conta, decide “nos vigiar mais de perto” e nós permaneceremos estáticos, enebriados pelas suas “maravilhas da era moderna”, como YouTube, Google Drive, Gmail e etc?

O que vale mais pra você: a sua liberdade ou sua conta do YouTube?

Informações em destaque retiradas daqui.

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ORIGEM CRIACIONAL: #Seja Livre

Vivamos a LIBERDADE com total DIGNIDADE!

[Davysson Silva]

Por isso que cada vez mais procuro alternativas como o DuckDuckGo.
Mas infelizmente os algoritmos do Google são insuperáveis :/.

[Miguel Fonseca]

Boas Davysson, eu também já uso a maioria das vezes o DuckDuckGo.

Quanto à privacidade, uso a extensão Do Not Track Plus para ajudar a bloquear TODOS os sites que estão a fazer "Tracking"!
Comecei a utilizar a extensão à poucos dias e ela já bloqueou "7.452"!!!!!!! "rastreamentos"!

Funciona!!!

Fica aqui o link para quem quiser experimentar:

http://www.abine.com/dntdetail.php

Cumps.

[Claudio Novais]

Se nos controlam? Controlam claro. Se devemos preocupar? Bom, creio que nós somos apenas números, nada mais. Números que percebem quais as tendências gerais e quais os nossos gostos. O que me vai influenciar na minha vida? Não me parece que vá influenciar nada da minha vida a não ser que eu ande a conspirar algo muito grave e um FBI ou assim inconstitucionalmente resolva infringir um enorme número de leis (éticas) exigindo essa informação à Google.

[José Craveiro]

Nunca se abordou tanto a questão da privacidade como agora e de uma forma tão intensa que roça a paranoia levando a que muita gente se questione sobre o que fazer para se proteger do que já que se pode considerar o grande flagelo da atualidade, já para não falar do que ainda estará para vir sem que façamos a mínima ideia...

Qualquer um de nós tem a total liberdade de apenas pensar e decidir se deseja continuar a usar as ferramentas disponíveis na Internet para as mais diversas situações, tão simples como quebrar uma corrente de informação por nós iniciada e que supostamente permaneceria disponível sempre que desejássemos. Portanto, a gestão de toda a nossa informação que envolva contactos, partilha de conteúdos e acesso aos mesmos, fazendo uso de protocolos que embora já saibamos do seu questionável funcionamento, não temos a audácia de lhes colocar uma qualquer barreira começando pela sua não utilização!
Mas perguntamos, que alternativas existem? A resposta é simples, tão simples como simplesmente argumentar que se alternativas viáveis existissem já se estaria a fazer uso massivo delas e este pânico já generalizado não faria qualquer sentido.
Isto cheira-me a uma grande utopia e o pior de tudo é que muitos utilizadores da Internet não têm noção disso.

Por muito que se argumente neste poço sem fundo, acredito que achar uma solução nesta selva de interesses é uma missão (talvez) impossível.
O que podemos (e devemos) é exercer um controlo o mais apertado possível sobre tudo (e mais alguma coisa) que enviamos e armazenamos na nossa máquina. Incentivos ao descontrole não faltam o que para muitos se torna uma batalha incontornável e invencível. Tudo depende das sementes que plantamos e sobretudo da forma como o fazemos. Antes que tenhamos medo da Internet, precisamos ter medo de nós próprios quanto ao uso que fazemos dela.