Imagine que a localização da ilha da Madeira foi ocultada dos mapas, no século XVI, e que por lá foram crescendo gerações de piratas e malfeitores. Chegados ao século XXI, ameaçam a Europa com o seu poderio nuclear. Pressupostos de um jogo didático que os seus criadores querem ver no plano curricular.
As Descobertas Marítimas, a Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial são os cenários de um jogo didático de aventura produzido em Portugal, que testa os conhecimentos históricos dos alunos ao colocá-los ante os desafios que só pelo saber podem ser vencidos.
"Os jogadores são chamados a corrigir as circunstâncias de algum acontecimento, que por não ter acontecido como devia, alterou o curso do Mundo", explicou ao JN Carlos Vaz de Carvalho, coordenador do projecto TIMEMESH, um jogo de entretenimento num contexto didático.
É um Mundo ao contrário do que conhecemos o apresentado no jogo em que Júlio César não é assassinado, o muçulmanos expulsam os cristãos da Península Ibérica ou que os Aliados não descodificam a máquina Enigma, durante a Segunda Guerra Mundial.
"É um jogo de entretenimento em contexto de aprendizagem", explica Carlos Vaz de Carvalho, que tem apresentado o jogo a alunos de várias escolas, portuguesas e europeias. A recepção não podia ser melhor, assegura o investigador. "Há professores que estão a desenvolver novos cenários para depois serem trabalhados nas aulas", contou Carlos Carvalho. "Para jogarem têm de saber factos históricos", assegura.