Por Rob Reilly
Muita coisa aconteceu com o Ubuntu ao longo dos últimos anos, com a comunidade buscando espaço em diferentes mercados. Sempre achei que fazia sentido executar o Linux em tudo, apesar de que colocar esse conceito em prática seria, certamente, um desafio para a comunidade Linux.
Será que eles fariam isso? Bom, eles estão já a percorrer esse caminho. Aqui vai um rápido resumo sobre as atividades atuais do Ubuntu.
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UbuntuKylin
O sistema operacional chinês Kylin somou forças ao Ubuntu para produzir o UbuntuKylin. O projeto é similar a outras variantes do Ubuntu, como o Xubuntu, Kubuntu e Edubuntu. Indo além da simples adição da localização, o UbuntuKylin enfatiza a usabilidade, com especial atenção para digitação e métodos de entrada específicos para a língua chinesa.
Ele também irá integrar a suite de escritório Chinese WPS na mistura, embora o LibreOffice ainda seja o padrão. Uma ferramenta de busca de música, chamada Unity-China-Music-Scope, vai reunir canções usando o motor de busca Baidu. O aplicativo Chinese Calendar é anunciado como o calendário oficial permanente para o UbuntuKylin, e incluirá datas de vários festivais e comemorações também específicas para os chineses. Além disso, há um gadget de tempo integrado no desktop que irá puxar os dados da central meteorológica da China.
Segundo a OMG Ubuntu, o projeto tem o apoio da National Software and Integrated Circuit Public Service Platform (CISP), da National University of Defense Technology (NUDT) e apoio indireto junto ao governo chinês. A Canonical vai fornecer suporte de engenharia conjunta. Outras distribuições Linux chinesas incluem a Red Flag Linux e Asianux.
Ubuntu Touch
Os desenvolvedores podem dar uma olhada no seu forte apoio ao HTML5, C/C++ e Javascript. Suporte completo a gráficos OpenGL devem ser de interesse de programadores de jogos. A Canonical revela que o Ubuntu SDK tornará mais fácil para integrar aplicativos em todas as plataformas. E mais: um telefone Ubuntu pode ser o complemento perfeito para uma TV Ubuntu.
Ubuntu para tablets
Provavelmente o mesmo software utilizado nos smartphones será utilizado também em tablets! No entanto, a versão Ubuntu para Tablets terá claramente melhorias de usabilidade para os ecrãs dos tablets que são maiores.
De uma forma geral, o sistema para tablets terá uma interface bastante mais corporativa, mas multi-thread no sentido de apresentar mais que uma aplicação ao mesmo tempo. Fazer reuniões e apresentações ao mesmo tempo através de um simples tablet é uma das maiores vantagens deste sistema.
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UbuntuTV
A Canonical também está avançando na arena de sistemas operacionais para TV (TV OS), com o objetivo de substituir o sistema operacional em sistemas x86 e nos baseados em ARM. O sistema precisa de 1GB de RAM e pelo menos 512MB de RAM para vídeos. Como esperado, utiliza uma interface HDMI para saída de áudio e vídeo.
Colocar um backend Linux em uma TV certamente traz algumas possibilidades interessantes para hacking. Segurança possivelmente não seria um problema, considerando as ferramentas Linux disponíveis (firewalls, diagnósticos, administradores de rede e de monitoramento). Extensões para acesso serial, USB, Bluetooth e acesso a rede com microcontroladores (como o Arduino e o BeagleBone), é uma receita experiências verdadeiramente criativas e imersivas de entretenimento.
Contudo, os usuários terão que aguardar um pouco mais para comprar TVs com o Ubuntu instalado, uma vez que isso ainda não é possível em canais de varejo. No entanto, a Canonical possui uma página Wiki para os interessados no assunto.
Ubuntu Server
Para além de todos estes sistemas de uso diário, pessoal, a Canonical tem investido fortemente na área empresarial, no sistema Ubuntu para servidores. O sistema Ubuntu Server tem ganho cada vez mais espaço neste mercado bastante competitivo em que o Linux predomina.
A Amazon há muito que já inclui máquinas Ubuntu nos seus serviços de Cloud. O seu crescimento foi tão evidente nos últimos anos que em pouco mais de meia década tem já 23% do mercado entre as distribuições Linux, algo que o Debian levou bastante mais tempo a alcançar.
Dominação (mundial) de dispositivos
A Canonical claramente tem grandes planos para o futuro, embora ainda não se saiba se será pela distribuição Linux mais inclusiva de todas. A Red Hat ainda possui uma forte comunidade de seguidores e, de acordo com a ZDNet, no ano passado foi a primeira empresa Linux a atingir a marca de 1 bilhão de dólares em receita anual.