Claudio Novais (21-12-2012, 18:03) escreveu:Na verdade eu não acho que português deva ser mudado porque os brasileiros são mais. Se é assim, no Brasil passa-se a falar Brasileiro e não Português do Brasil. Isto em resposta à situação do Latim.
Para além disso os portugueses não gostam de ter mudado tanto, pois tiveram de o fazer praticamente por causa do PT-BR que é, certo, resultado de uma união de culturas, mas também é resultado de despreocupação, de falta de rigor pela língua.
Eu acho bonito ouvir os brasileiros a falar, sinceramente. No entanto, desculpem-me dizer, acho muito má a forma como levaram o português. O "mas" foneticamente diz-se "mais", isto é errado na minha opinião. Se dizem "mais" deviam escrever "mais", o problema é que isso era errado, mas o pior problema é que cada vez mais vejo mais gente a escrever "mais" quando quer dizer "mas" e mais tarde ou mais cedo, tal como o "startar" e o "baixar", vai começar a fazer sentido.
Ora, havendo tal problema de falta de rigor, falta se calhar de educação da língua, como uma língua portuguesa pode aceitar a mudança? Mas pronto, ok, aceitaram. E o que acontece agora? Portugal ficou mais Brasileiro para unificar e o Brasil agora já quer mudar por não querer ficar mais correto ao nível do português.
Concordo em alguns pontos, mas não acho que deva ser brasileiro para diferenciar do português de Portugal. Eu amo tanto esta língua, não gosto quando as pessoas tentam separá-la.
Claudio, o "mas" e o "mais" além de ser desleixo, também é falta de estudo, muita gente vai para a escola passear (já falei isso aqui).
Outro fato (estou pensando "facto") que notei é quando usam "ão" no lugar do "m". Exemplo: Vocês lembr
ão disso? (Eu leio e sinto uma dor no coração...)
Eu não concordo em tudo quando se trata do acordo ortográfico. O trema cair foi terrível... eu tive que estudar que o trema é uma forma de fazer a letra "u" ser pronunciada nas ocasiões "que", "gue", "gui", "qui"...
Hoje as crianças nem sofrem tanto.
Aprendi que "este" é o que está perto, ou o que ainda vai ser dito, e que "esse" é o que está longe, ou o que já foi dito... Não sei se lembro na hora que escrevo, mas, porém, entretanto, todavia, sou uma pessoa que não estuda esse tipo de coisa por ser cansativo. Se aprendi, foi na base da assimilação rápida. É estranho, para mim, escutar uma pessoa falar "esse ano", me pergunto se ela está se referindo do ano que passou ou deste ano mesmo... "Nessa próxima semana" é a coisa mais linda de se ouvir, gente! Mais fácil falar: "na próxima semana".
Também sempre me pergunto como os termos "p**a", "rapariga" entre vários outros, o significado muda quando chegam no Brasil. Uma monossílaba que as pessoas acham muito feia aqui no Brasil é "cu", e que se entende por "nádegas" ou "bunda".
Português
Substantivo
cu, masculino [
Datação: século XIV]
1. extremidade do intestino grosso
2. (chulo) ânus
3. (chulo) nádegas, rabo
4. fundo da agulha de coser
5. (marinha antiga) a parte inferior dum poleame, oposta à cabeça
6. (Portugal, popular) quiosque, bilha, padaria, peida
7. (Brasil, popular) feofó ou fiofó
Wikicionário
Agora, pela Wikipédia, fico sabendo que nádegas também é vulgar, sendo que as pessoas sempre falam que é o termo correto, sem levar para a "sacanagem".
Para falar a verdade, eu não tenho argumentos sobre o assunto. Eu não gosto de estudar gramática, eu gosto da língua como um todo, principalmente pela história, por isso procuro sempre saber as "diferenças" entre os dois modos de falar e de escrever, mas não para corrigir. Eu gosto de absorver o que eu descubro sobre cada região pela palavra, pelas expressões idiomáticas. Falar sobre a Língua Portuguesa é complicado. Um dos meus sonhos é ter uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, mas como sou desleixada para o estudo creio que seja um pouco impossível....