Luis Cardoso (22-12-2012, 11:58) escreveu:Ron Alon (22-12-2012, 1:29) escreveu:jforce (22-12-2012, 1:05) escreveu:O que não me parece nada correto independentemente de qualquer consideração técnica é uma das partes (Portugal) aceitar as alterações e passar as mesmas a pratica no terreno e a outra parte (Brasil) quando chega a hora de assumir as sua parte do acordo recuar tentando fugir aos seus compromissos.
Na verdade, o Brasil quer deixar para entrar em vigor ao mesmo tempo de Portugal.
Em Portugal já está a ser aplicado! Eu mesmo já tive de fazer alguns trabalhos fazendo uso do PT-AO.
Me desculpem senhores, mas aqui no Brasil, o mesmo está a acontecer. Tanto é, que no meu último ano de escola (em 2008), eu senti uma diferença muito grande na escrita e na leitura de textos, minha professora sempre foi muito rígida quanto às novas normas.
Eu vejo o acordo ortográfico como uma forma de unir os países lusófonos, claro que, em algumas coisas eu descordo, mas são mínimas.
No Brasil, quando o acordo foi aprovado, esta reforma na língua seria obrigatória a partir do ano de 2009. No ensino médio, meus livros todos foram revisados. Hoje quem escreve "idéia" num artigo de jornal aqui, está fazendo "errado", pois a língua evoluiu.
Pessoas, antes já se escreveu "êlle" (depois o acento caiu, tornou-se "elle"), "pharmácia", "hypocrisia", "mappa" (hoje é mapa), "vaccina", em ambos os países. Até porque, não sei se já ouviram falar no "complexo 'vira-lata'" do brasileiro de desdenhar tudo que vem de seu próprio país... Os maiores intelectuais que tivemos, os maiores letristas, os históricos, estudaram em Portugal. Até o início do século XX, muitos saíam daqui para estudar aí na Terrinha.
Eu não sei como vai ser agora, mas ano que vem, eu vou voltar para o meu 3o. da faculdade e estudarei Língua Portuguesa III e Língua Portuguesa IV, respectivamente, e verei toda esta reforma acontecendo. Depois que me formar, vou ter que continuar estudando, porque a língua continuará evoluindo.