Atendendo a um pedido do Cláudio Novais, posto aqui um ensaio meu sobre o Unity e o Ubuntu que publiquei para um público restrito no Google Plus. Infelizmente, por esta restrição, não posso postar o link para o ensaio; entretanto, se você concorda com os termos que eu aponto e quiser dar +1 para ele, me circule no Google Plus e o colocarei num dos círculos com os quais compartilhei esta opinião. Se discorda, faça o mesmo e deixe seu comentário, aqui e lá!

Fato: O Unity, apesar de toda a celeuma em torno dele, é um passo sem volta no Ubuntu.
Claro que a discussão em torno da criação e adoção do Unity não é nova e nem restrita ao mainstream: o pessoal do Ubuntu Studio adotou o Xfce como seu desktop e há muito o Mint já disse que nessa barca não entra; mesmo o ElementaryOS preferiu basear-se no Maverick, para muitos até agora o melhor lançamento do Ubuntu, e afasta qualquer ideia de migrar mesmo para o Gnome 3.
Era evidente quando SABDFL resolveu fazer um GNOME Shell para o Ubuntu que isto iria acontecer. Não quero aqui levantar bandeiras e dizer o quanto o Ubuntu é maravilhoso e que tudo que vem dos Times da Canonical deve ser aceito como Providência Divina, mas creio que desenvolver o Unity foi uma decisão bem acertada, principalmente quando se observa que nem todos os usuários estão dispostos a fazer upgrade para poder usar o Gnome Shell em toda sua potencialidade.
Eu mesmo tenho uma máquina de recursos desprezíveis em relação às de hoje e inevitavelmente o Gnome Shell reverte para o Gnome clássico. Com o Unity, mesmo usando sua versão 2D, posso ter uma experiência mais aproximada à do 3D, apesar de algumas dificuldades que vão sendo resolvidas com o uso e a pesquisa pela rede.
Admito que a grita é até justificada em alguns pontos, como lentidão, travamentos e outros bugs, mas vejo que blogs como o Ubuntued do excelentíssimo Cláudio Novais já provaram que sim, é possível ser produtivo com o Unity -- basta apenas que se deixe de lado a má vontade e passe a usá-lo. Mas reclamar por causa de falta de personalização não me parece um argumento que se possa considerar quanto ao valor do Unity.
Um recurso que parece não ter passado na cabeça dos reclamadores contumazes é o Gnome Tweak Tool, que permite mudar o Gnome Shell (e o Unity, por extensão) em seus decoradores, temas e ícones. Eu tenho usado oUnity Elements com o Faenza; ganhei mais velocidade e beleza sem muito esforço.
Esperemos pelo Precise, que certamente irá trazer maior estabilidade e personalização ao Unity. E enquanto isso, sejamos colaboradores, usemos o Unity e reportemos os erros que possamos encontrar.
Como diria o André Gondim, lembre-se: você faz o Ubuntu!