Os rumores estão a ser avançados pela agência Bloomberg, que cita três colaboradores da Apple que solicitaram o anonimato, para explicar que a empresa está a preparar a substituição dos processadores Intel nos seus computadores de secretária e portáteis, por versões com designs semelhantes aos usados nos iPads e iPhones.
Seis anos depois de começar a usar processadores Intel, a Apple escusou-se a comentar a notícia da Bloomberg; e a Intel remeteu para a Apple as questões relativas a novos processadores… da própria Apple.
Os rumores agora divulgados prendem-se com a direção que o mercado dos dispositivos portáteis está a seguir, em termos de capacidade de processamento, bem como com a estratégia da Apple para o desenvolvimento de semicondutores.
Por um lado, os engenheiros da empresa de Cupertino acreditam que o design dos processadores atualmente usados nos seus dispositivos móveis terão capacidade suficiente para correr em desktops e portáteis no futuro.
Por outro lado, à medida que os dispositivos portáteis se assemelham a muitos PCs em termos de capacidade, será de esperar a possibilidade de usar processadores comuns ou, pelo menos, com arquiteturas semelhantes. Esta é, pelo menos, a opinião do especialista da Gartner, Sergis Mushell, que admite a utilização no futuro de processadores comuns e, por arrasto, a perda de quota de mercado da Intel.
"A Apple dita tendências, e a partir do momento que desenvolverem os seus próprios chips muitos outros poderão seguir um caminho semelhante" referiu este analista à agência Bloomberg, explicando que "se a mobilidade é mais importante do que a funcionalidade, teremos então um ambiente completamente diferente do que aquele com que hoje lidamos".
O mesmo responsável dá ainda o exemplo do crescimento dos processadores baseados em tecnologias ARM, associando-o não só ao "insucesso" que a Intel está a experimentar nos segmentos dos dispositivos móveis, como às aquisições que a Apple tem realizado de empresas que desenvolvem e produzem chips com esta arquitetura.
Por fim, a recente criação de uma divisão na Apple denominada Tecnologias, que congrega exatamente o know-how obtido com essas aquisições e as equipas da Apple que têm desenvolvido processadores para vários produtos móveis, está também a ser vista como mais um dado importante da nova estratégia para substituir os processadores da Intel.
O que, ainda segundo as fontes da Apple, não deverá acontecer nos anos mais próximos.