Três novos asteróides foram descobertos por alunos de duas escolas portuguesas no âmbito do projeto International Astronomical Search Colaboration, disse hoje à Lusa a coordenadora da iniciativa em Portugal.
Os jovens «cientistas» portugueses fazem parte de um projeto internacional de «pesquisa de asteróides» - apoiado pela Universidade Hardin-Simmons do Texas - que visa «envolver alunos em projetos ligados à ciência», explicou Ana Costa, em entrevista telefónica à agência Lusa.
Os pequenos descobridores dos três asteróides são alunos da Escola Básica de Vilar de Andorinho, Gaia, com idades entre os 11 e 12 anos, e da Escola Secundária D. Maria II, de Braga, com idades entre os 15 e 17 anos. Dois dos asteroides foram descobertos pela equipa de Vilar de Andorinho e um terceiro asteróide foi identificado pela equipa da escola de Braga.
A descoberta foi fruto da captação de imagens «do céu noturno pelo Observatório Astronómico dos EUA». Estas imagens são enviadas imediatamente no dia seguinte para as escolas portuguesas e tratadas pelos estudantes com a ajuda de um software especial de astronomia, explicou a professora.
Nas observações, os alunos sabem que as estrelas não se movimentam, mas quando identificam corpos celestes em movimento também sabem que podem ter conseguido descobrir asteróides, ou seja, restos de formação do sistema solar que refletem a luz que recebem das estrelas.
A participação de Portugal no projeto internacional faz-se através do Núcleo Interativo de Astronomia, uma instituição sem fins lucrativos criada em 2001 por astrónomos profissionais e amadores e cujos objetivos são a divulgação e o ensino da Ciência, em particular da Astronomia e Astrofísica.
Os três asteróides vão ser batizados pelo Minor Planet Center, num processo que pode demorar «vários anos», o tempo necessário para determinar o tamanho ou a trajetória, acrescentou.