O Google não cansa de impressionar os analistas. A empresa de Mountain View, que durante a semana passada apresentou várias novidades durante o evento Google I/O, mostrou capacidade de inovação mesmo com liderança consolidade em vários setores do mercado de tecnologia.
Um dos pontos mais exaltados por Steve Rosenbush em análise para o Wall Street Journal é a capacidade do Google de falhar sem que o fracasso afete o desempenho dos negócios da companhia. Isso oferece a segurança para que a empresa possa criar novos produtos e ferramentas como o Google Glass.
Rosenbush exemplifica com uma comparação com o Facebook, uma companhia mais jovem, mas que nem de longe é tão ativa quanto o Google. O gigante das buscas "cria o software Android, que roda em smartphones que, com a aquisição da Motorola, ele próprio produz e até mesmo controi uma rede de internet sem fio de alta velocidade para conectar pessoas", afirma.
O analista vai mais longe ainda, citando o domínio do mercado de sistemas operacionais para smartphones, a produção do Glass, o estudo com carros autônomos. Entretanto, ele cita o baixo apelo do Google+ e dos Chromebooks, que até podem ter seus fãs, mas estão longe de se tornarem populares.
De fato, a companhia tem como política investir em vários produtos novos com frequência, mesmo que eles acabem caindo no gosto do público. Um estudo mostra que o Google já fechou 36% dos serviços que lançou.
A fórmula tem dado certo. As ações da companhia tem sido trocadas acima da casa dos US$ 900 desde o Google I/O, um patamar que nunca antes havia sido alcançado, com uma alta de quase 50% em um ano. Em relação ao ano passado, a empresa apresentou um aumento em receitas trimestrais de 30%, algo impressionante para uma empresa desta magnitude.
Citando novamente a situação do Facebook, Rosembcuh aponta que a companhia ainda está se recuperando do IPO fracassado. Com um rol de serviços muito mais estreito, a empresa precisa sempre acertar sob risco de perder muito dinheiro, o que não acontece com o Google. A empresa de Zuckerberg apresentou no último trimestre um crescimento de 37,8% em receitas em comparação com o mesmo período do ano anterior, o que é muito pouco a mais para uma empresa de porte muito menor do que o Google.
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