Nem sempre sou fã dos posicionamentos institucionais da Mozilla, mas a repercussão (negativa) que ela está conseguindo com a "Interactive Advertising Bureau" mostra que a medida que está prestes a ser colocada em prática – no sentido de passar a bloquear por default os cookies de terceiros – está atingindo a quem precisava atingir: as empresas que rastreiam silenciosamente os usuários para direcionar anúncios com base nos seus hábitos.
O que a organização chama de "sequestro da Internet" e de "eliminar os cookies" é apenas a alteração de uma configuração default, hoje bastante permissiva e que, naturalmente, a beneficia. Segundo ela, a nova configuração vai tornar a navegação "menos relevante".
Se você não conseguir ler o que é dito no "manifesto", você pode ler aqui:
Traduzindo rapidamente e com pouco rigor:
Encontrar coisas que você está interessado na internet é fácil nos dias de hoje. Isso porque os anunciantes podem enviar anúncios consoante os interesses específicos através da utilização responsável e transparente de cookies.
Mas a Mozilla quer eliminar os mesmos cookies que permitem aos anunciantes atingir o público certo, com a mensagem certa, no momento certo. Mozilla afirma que é do interesse de privacidade. A verdade é que nós acreditamos que é sobre a ajuda de alguns modelos de negócios ganhar uma vantagem de mercado e reduzindo a concorrência. Neste momento, os consumidores têm o controle sobre se receber anúncios baseados em interesses por meio do programa de auto-regulação da Aliança Publicidade Digital.
Parece que a Mozilla quer ser "juiz e júri" para modelos de negócios na Internet.
Se os cookies são eliminados, é claro para nós que os consumidores vão ter uma experiência menos relevante e diversificada na Internet.
Envie um e-mail para StopMozilla@aboutads.info para dizer à Mozilla que você não quer que eles sequestrem os cookies no Internet.
Na minha opinião, opinião é completamente distorcida da realidade. Na verdade quando dizem "Neste momento, os consumidores têm o controle sobre se receber anúncios baseados em interesses", na verdade eles vão continuar a ter mas agora têm uma opção por padrão que é parcialmente mais apelativa para o utilizador que para as empresas que abusam, e muito, a privacidade do consumidor.
Até agora os browser estavam parcialmente a beneficiar as empresas e com esta medida isso será algo invertido, assegurando que os utilizadores têm o direito de escolher se querem ceder a sua privacidade ou não.
Eticamente acho que não há dúvida NENHUMA que esta medida é 100% correta. Eticamente acho que esta "carta" é algo completamente errado.