Estreia do sucessor do Megaupload não resiste à avalanche de acessos
Sucesso ou falhanço? A estreia de ontem do Mega, o novo serviço de Kim Dotcom que sucede ao Megaupload não conseguiu resistir à avalanche de utilizadores interessados, com os servidores a revelarem problemas de disponibilidade.
Kim Dotcom revelou através da sua conta no Twitter que a equipa tem estado a trabalhar no balanceamento dos servidores e que só na primeira hora se registaram mais de 100 mil utilizadores, interrogando-se se este seria a startup de crescimento mais rápido da história da Internet.
Poucas horas depois o número já chegava aos 250 mil, mas os problemas de acesso poderão ter impedido muito mais interessados no serviço de fazerem o seu registo. “Wow. Nunca vi nada semelhante. De 0 a 10 gigabits de utilização de largura de banda em 10 minutos”, afirmou o criador do serviço.
Já esta manhã Kim Dotcom admitia que o acesso ao site ainda estava lento, mas que isso se devia à enorme procura. E que estava a trabalhar para conseguir mais capacidade.
Mais seguro mas menos anónimo, como o próprio criador o descreve, o Mega tem características mais semelhantes ao Google Drive ou à Dropbox, e todos os ficheiros vão estar cifrados, sendo partilhados apenas com o consentimento expresso de quem os coloca online, ao contrário do que acontece no sistema de P2P no qual se baseava o Megaupload.
A data do lançamento do Mega já tinha sido pré-anunciada e o lançamento foi sincronizado para coincidir na data e hora do desmantelamento do Megaupload pelas autoridades norte americanas, no ano passado, e com a prisão de Kim Dotcom na sua mansão na Nova Zelândia.
Embora as editoras tenham tentado boicotar o serviço, a oferta de 50 GB de armazenamento gratuito para todos os utilizadores, e a promessa de tentar transferir os dados que estavam guardados no Megaupload, parece ter convencido os internautas. Mas a publicidade gratuita que Kim Dotcom tem conseguido não é certamente alheia a este sucesso.