Software open-source é a melhor maneira de se livrar de bugs

[Claudio Novais]

Um software se desenvolve de forma mais eficaz quando seu código é de livre acesso a todos, dizem pesquisadores do Reino Unido. Este estudo sobre a dinâmica de bugs de software de código aberto versus código fechado teve um resultado final sem surpresas para a maioria dos leitores: projetos de código aberto sempre irão convergir para correção de bugs mais rápida do que o software de código fonte fechado.

O modelo teórico de depuração de software desenvolvido por Damien Le Challet e Yann Du, da Universidade de Oxford tem algumas mensagens preocupantes para as empresas que preferem manter seu software proprietário. Software "de código fechado", que trabalha com pessoal contratado para trabalhar com informações que os usuários enviam, exige uma maior qualidade dos programadores e dos usuários para atingir o mesmo nível de perfeição como acontece com o software de código aberto dentro de um mesmo espaço de tempo.

Em outras palavras, para um determinado conjunto de usuários encontrar e relatar bugs e para os programadores corrigi-los, o software de fonte aberta sempre será depurado mais rápido do que softwares de código fechado, calculam os pesquisadores. Isto não é muito óbvio, pois se você tem o mesmo número e qualidade de programadores você pode esperar o tempo que se leva para corrigir falhas seja o mesmo, independentemente do código fonte ser aberto ou fechado. Mas, pelo fato do acesso livre aos dados, o fluxo de informações entre programadores e usuários é muito melhor no sistema Open Source.

Os pesquisadores calculam que a depuração de código fechado é relativamente lenta porque a taxa de relatórios cai rapidamente após o lançamento de cada versão atualizada, deixando os programadores a encontrar problemas restantes com poucos relatos de BUGs. Quanto mais o fosso entre as atualizações, os erros serão corrigidos mais lentamente.

• Código fechado versus fonte aberta em um modelo de dinâmica de bugs de software.pdf

Referências:

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• Compartilhamento de código de software é a melhor maneira de se livrar dos bugs - TutorFree
• nature.com/news

[miles_maverick]

Acho que nem precisava de estudo... Está na cara que os Bugs do Software Livre são quase inexistentes (Veja o caso do Java)

[Claudio Novais]

Sem dúvida Miles, também pensei para mim: será que isto é mesmo relevante!? Na verdade, no nosso ceio não é. No entanto, quem usa Windows tem uma opinião COMPLETAMENTE contrária a isto. Aliás, ainda hoje vi esta matéria e fiquei estupefacto com os comentários:

• http://info.abril.com.br/noticias/inter ... 013-40.shl

[José Craveiro]

Partilhar um artigo como este com novatos no linux ou com perspetivas de adesão, abrange dois campos supostamente antagónicos; um talvez cada vez mais pequeno, contudo restrito e por um lado sujeito à sua própria limitação de recursos, já o outro na sua vastidão e em terreno livre, no seu conjunto consegue em tempo útil dar uma resposta na maioria das vezes mais eficaz. O resultado de meia dúzia de cabeças proprietárias dificilmente consegue competir com uma imensidão de mentes de espírito livre cujo objetivo a atingir vai muito além do lucro, o que é de louvar.

[Claudio Novais]

Exato José!

Só há uma pequena correção no seu pensamento que está a ser parcial para o lado da liberdade, o que não é 100% verdade. É o caso da motivação! As cabeças proprietárias têm motivação completamente desproporcional pois visa valores monetários que têm influência direta na vida de cada um; já no caso das cabeças da comunidade, tendem a ser mais relaxadas, menos preocupados pela menor motivação, visto que não há normalmente valores monetários envolvidos.

Em todo o caso, isto é falando no geral. No entanto há muitos casos que deitam abaixo a minha argumentação, mas esses casos ainda são claramente um grupo pequeno. Casos como a RedHat são exemplo de código desse género e valores monetários avultados que geram portanto boa motivação.

[José Craveiro]

Sim claro, existem os dois lados. Apenas generalizei.
Acerca da questão do java, mas aqui já abordando a versão open, provavelmente ainda não teria havido uma forte necessidade de incrementá-la com tudo o necessário para que desse resposta ás exigências garantidas pela versão proprietária, certamente seria esse o objetivo, ou isso seria pedir demais e tal colide com os trâmites impostos desta última?

[miles_maverick]

Sem dúvida Miles, também pensei para mim: será que isto é mesmo relevante!? Na verdade, no nosso ceio não é. No entanto, quem usa Windows tem uma opinião COMPLETAMENTE contrária a isto. Aliás, ainda hoje vi esta matéria e fiquei estupefacto com os comentários:

• http://info.abril.com.br/noticias/inter ... 013-40.shl

Não se preocupe, isso se chama FUD (Medo, incerteza, dúvida)... A maioria são muito velhos... Alguns exemplos:

http://terramel.org/oba-mais-fud-contra ... -um-pouco/
http://terramel.org/fud-ja-tem-babaca-d ... r-o-linux/
http://terramel.org/resposta-ao-fud-de- ... t-technet/
http://terramel.org/advogado-do-fud-ataca-o-gnulinux/

E dois lugares onde mais tem FUD contra o Linux são os sites Meio Bit e o Tecmundo.

[Luis Cardoso]

Exato José!

Só há uma pequena correção no seu pensamento que está a ser parcial para o lado da liberdade, o que não é 100% verdade. É o caso da motivação! As cabeças proprietárias têm motivação completamente desproporcional pois visa valores monetários que têm influência direta na vida de cada um; já no caso das cabeças da comunidade, tendem a ser mais relaxadas, menos preocupados pela menor motivação, visto que não há normalmente valores monetários envolvidos.

Em todo o caso, isto é falando no geral. No entanto há muitos casos que deitam abaixo a minha argumentação, mas esses casos ainda são claramente um grupo pequeno. Casos como a RedHat são exemplo de código desse género e valores monetários avultados que geram portanto boa motivação.

Relativamente ao excerto a negrito, existe uma aplicação para engenharia que é proprietária, no entanto alguns já fizeram engenharia inversa, naquela de verem qual a diferença entre a versão X e a X+1. O que detectaram? A versão X+1 era mais rápida porque eliminaram, apenas e só um ciclo for (de vários), que estava na versão X. Foram ver na X-1 e viram que tinha mais um ciclo for que a versão X.
Resultado? Apregoavam que os utilizadores tinham de fazer a actualização, pois a nova versão era mais rápida e tal. A actualização era também paga e não havia regalias para quem já tinha a anterior. Era uma burla autêntica...

Se o projecto fosse livre, já alguém tinha visto esses ciclos todos e tinha disponibilizado uma versão sem esses tempos todos de espera. Logo a empresa só teria vendido uma versão X, porque depois surgia uma versão com a correcção e nunca mais ninguém iria ligar a outra...

[Claudio Novais]

Luís, no negrito faltava a palavra "cada", que acabei de pôr. Bom, isso é indústria. O mesmo acontece com a indústria cinematográfica: fazem filmes iguais com atores diferentes e tecnologia diferente. Na prática é a mesma coisa.

O mesmo acontece nas matrículas anuais para estar na Universidade (pelo menos em portugal), em que temos de preencher sempre o mesmo papel e pagar 25€. O mesmo acontece num novo modelo de um carro que muitas vezes mudam as linhas da chapa e mais nada.

São evoluções. Olha para o MS Office!? Quem quiser atualiza quem não quiser mantém-se. O que quis dizer naquela frase é que eles têm motivação para fazer algo, vinda do dinheiro que lhes pagam. Já no caso do open-source não. E é precisamente por causa disto que vemos MUITOS projetos livres a ficarem abandonados: na maioria dos casos porque os programadores arranjaram um emprego que lhe pagam o devido valor.

Infelizmente este ponto negativo é uma realidade no Open-Source. No entanto é uma realidade que nos devemos preparar tal como a RedHad já o fez há muito e por causa disso continua a lucrar e muito. A Google idem, apesar de ser sensivelmente diferente.

[Registeel]

Uma coisa que é pouco levada em conta quando se fala em software livre é que sempre vai haver alguma versão disponível de um dado software open source, enquanto houverem computadores. A partir do momento que um software livre é lançado e uma comunidade se estabelece, ele nunca deixa de existir, muito embora possa se transformar. Não há conjunturas econômicas ou políticas que tirem de circulação um produto que é puro conhecimento.

Daqui a quinhentos anos o Windows, o Mac OS, o IPhone OS e qualquer outro sistema proprietário serão peça de museu. Mas ainda existirá um Linux atualizado, Deus sabe em que tipo de infra-estrutura.

E isso não é pensamento de entusiasta, é uma realidade.