Empresas com um histórico de ser uma ou mais vezes alvo de ciberataques são vistas com ceticismo por 405 investidores que participaram do estudo da HBGary, que oferece ferramentas e serviços para proteger informação contra ciberespiões e terroristas.
Cerca de 78% dos entrevistados afirmaram que seria pouco ou nada provável investirem em tais companhias. Além disso, mais de dois terços (69%) disse que dificilmente investiriam em uma empresa com histórico de uma ou mais violação de dados.
O estudo, realizado pela Zogby Analytics, mostra que cerca de dois terços (66%) dos investidores disseram que estão mais interessados em como as empresas lidam com os ataques, contra 25% que afirmaram estar mais preocupados com os ataques em si.
Vice-presidente sênior de estratégia cibernética da Fairfax, Ken Silva escreveu:"Houve alguns casos de maior repercussão nos últimos dois anos em que as respostas não eram tão nítidas como a maioria das pessoas gostaria de ter visto"
"Foi um impacto muito negativo sobre o valor de mercado dessas empresas", disse ele. "Coisas desse tipo geraram um impacto significativo para os investidores e é uma das coisas que motivam suas preocupações".
As atitudes dos investidores em relação a segurança cibernética estão amadurecendo, de acordo com o CSO da HBGary, Jim Butterworth. "Os investidores querem ver mais abertura e transparência no processo de uma empresa, na resposta e até mesmo nos investimentos em segurança cibernética."
O estudo também mostrou que mais investidores estão mais preocupados com o roubo de informações de clientes que com propriedade intelectual. Mais da metade dos entrevistados (57%) disse que estão mais preocupados com relação a violação de dados pessoais, comparados com 29% que afirmaram estar mais preocupados com relação a perdas de IP.
"Isso nos surpreendeu", admitiu Silva. "Você imagina que a perda de propriedade intelectual é a principal preocupação de investidores."
"Isso provavelmente porque a ponta da responsabilidade pela perda de dados do consumidor é provavelmente maior e mais desconhecida que a da perda de propriedade intelectual", acrescentou.
O impacto é mais imediato, também. "Você pode ter milhões de consumidores que estão indignados com a perda dos dados", explicou Silva, "embora com a propriedade intelectual demore um pouco mais antes de ver as consequências disso."