União Europeia multará Microsoft por falta de tela de escolha de browser
A notícia é da agência Reuters, que disse que a Comissão Europeia, braço antitruste da UE, iria nivelar uma multa "antes do feriado da Páscoa”
Reguladores antitruste europeus irão “atacar” a Microsoft com uma multa antes do fim de março pelo fato de a empresa não oferecer aos clientes uma tela de escolha de navegador, de acordo com um reportagem da agência de notícias Reuters.
Citando várias fontes não identificadas "familiarizadas com o assunto", a Reuters disse que a Comissão Europeia, braço antitruste da UE, iria nivelar uma multa "antes do feriado da Páscoa”, que este ano é no dia 31 de março. A Reuters não disse o montante provável, mas disse que poderia ser significativo.
A Microsoft se recusou a comentar sobre a reportagem da Reuters, e apontou para declarações anteriores, feitas em julho e outubro de 2012, em resposta às ações da Comissão. Em julho, a Comissão anunciou uma nova investigação da Microsoft - que bateu a década anterior com multas, totalizando 2,5 bilhões de dólares- sobre a falha da companhia norte-americana em oferecer aos consumidores europeus uma escolha de navegadores, como foi exigido por um acordo de 2009.
A Microsoft imediatamente pediu desculpas, dizendo que a omissão da tela de escolha de navegador no Windows 7 Service Pack 1 (SP1) foi um "erro técnico", admitindo que não tinha mostrado a opção de browser para os usuários durante um período de um ano e meio, entre fevereiro de 2011 até o início de julho de 2012.
Em outubro passado, a Comissão apresentou acusações formais contra a Microsoft com Joaquin Almunia, principal autoridade antitruste da UE, falando duramente sobre as multas. "As empresas devem ser impedidas de qualquer tentativa de renegar suas promessas ou negligenciar seus deveres", disse durante uma coletiva de imprensa à época.
Embora seja improvável que a Comissão imporá a multa máxima - que segundo a legislação pode chegar a quase 9 bilhões de dólares - Almunia notou no meio do ano passado que o não cumprimento da Microsoft foi sem precedentes, e usou o termo "consequências graves" ao falar sobre possíveis ações por sua agência.
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