O HTML 5 de alguma forma acabará com os plugins de conteúdo para navegadores mais cedo ou mais tarde, como o Flash ou Silverlight. Uma das deficiências do HTML 5 no seu estado atual é a falta de suporte a DRM (Digital Rights Management, um sistema de proteção contra cópias). Isso impede que alguns serviços aproveitem as tecnologias abertas para entregarem seus conteúdos aos usuários - como a Netflix.
Por isso alguns grupos estão trabalhando numa série de "extensões" do HTML 5 que permitirão proteger o conteúdo com DRM: chegam as Encrypted Media Extensions. Um rascunho funcional das especificações foi publicado no dia 10.
Elas não definem exatamente um padrão de DRM a ser adotado, o que abrirá margens para fragmentação e desenvolvimento isolado por parte de alguns navegadores e/ou sistemas operacionais - indo justamente na contramão das propostas iniciais do HTML 5.
As especificações básicas do modelo provavelmente serão aprovadas como padrão pelo W3C. Isso despertou a ira de organizações adeptas dos padrões abertos, como a Free Software Foundation e até a Electronic Frontier Foundation. Numa carta aberta diversos grupos pedem para que as extensões de mídia criptografada fiquem de fora dos padrões da web. Há até uma petição para coletar assinaturas online.
Dificilmente isso irá mudar a decisão do W3C, mas na prática pouco importa: sendo ou não um "padrão web", nada impede que os fabricantes de navegadores e sistemas operacionais incluam suporte às extensões. O Flash vai bem ainda nos desktops mas foi abandonado para dispositivos mobile, e o Silverlight aparentemente caminha para o fim. A tendência é vermos o HTML 5 se adaptar às necessidades do mercado, que pede DRM.
