Executivos de empresas do Vale do Silício, nos EUA, negaram ter conhecimento do acesso que a Agência Nacional de Segurança (NSA) americana teria sobre os dados destas companhias. O programa batizado de PRISM coletaria dados como histórico de navegação, conteúdo de e-mail, transferência de arquivos, histórico de chats e outros documentos virtuais dos usuários de empresas como Microsoft, Yahoo!, Google, Facebook, Paltalk, AOL, Skype, YouTube e Apple.
O programa de espionagem é detalhado na forma de slides do PowerPoint em um documento da NSA, visto e autenticado pelo Guardian. Este documento, segundo a NSA, é baseado em uma "coleção legalmente obrigada", mas que opera com a "ajuda de provedores de comunicações dos EUA." Cada um dos 41 slides no documento exibe em destaque os logos corporativos das empresas de tecnologia que estariam participando do PRISM.
No entanto, os altos executivos das empresas de internet expressaram surpresa e choque. Eles insistiram que a NSA não tem acesso direto aos servidores e que não haviam oferecido a qualquer órgão do governo, tais informações.
Um porta-voz da Apple disse: "Nós nunca ouvimos falar de PRISM, e não oferecemos a qualquer órgão do governo acesso direto aos nossos servidores. Para isso, somente através de ordem judicial", disse ele. Joe Sullivan, chefe de segurança do Facebook, disse que não forneceu ao governo acesso direto aos servidores do Facebook. "Quando é solicitado ao Facebook dados ou informações sobre indivíduos específicos, examinamos cuidadosamente qualquer pedido de cumprimento de todas as leis aplicáveis, e fornecemod informações apenas na medida exigida pela lei."
Um porta-voz do Google também afirmou que a empresa não fornece acesso aos seus servidores. "O Google se preocupa profundamente com a segurança dos seus usuários" Divulgamos os dados do usuário para o governo, de acordo com a lei. O Google não tem uma "porta dos fundos" para o governo acessar dados particulares do usuário".
A Microsoft disse que só entregou dados quando solicitada com ordem judicial. A empresa falou ainda que se o governo americano tem um programa nacional de segurança mais amplo para coletar dados dos clientes, ela não participa.
Um porta-voz do Yahoo! afirmou: "Yahoo! leva a privacidade dos usuários muito a sério Nós não fornecemos ao governo acesso direto aos nossos servidores, sistemas ou redes.
O projeto da NSA defini os detalhes do programa PRISM, que disse ter acesso a registros, tais como e-mails, bate-papos, chamadas de voz e documentos. Dentro das empresas de tecnologia, e falando em "off", os executivos disseram que nunca tinham sequer ouvido falar do PRISM, até serem contatados pelo Guardian.
As informações são do jornal The Guardian
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