Redes de sensores e Internet das Coisas
A IBM e a Libelium lançaram um kit de desenvolvimento de código aberto que permite implementar redes de sensores sem se preocupar com a infraestrutura para coletar os dados.
Redes de sensores são consideradas a base da chamada "Internet das Coisas", um conceito que permitirá conectar virtualmente qualquer aparelho à internet.
Embora os mundos real e virtual já estejam sendo conectados na Europa, a Internet das Coisas não decolou de vez porque é muito complicado instalar sensores que sejam pequenos, baratos e com baixíssimo consumo de energia e ainda fazer com que eles se entendam para que as informações cheguem a uma central de processamento.
Nas redes de sensores, cada sensor só precisa transmitir seus dados para o sensor mais próximo, que se encarrega de transmiti-lo para o seguinte, e assim por diante, até que as informações cheguem à estação coletora.
Sensores podem ser fabricados para qualquer coisa, como monitorar o clima, a presença de pessoas, vagas de um estacionamento, produtos em uma prateleira, o funcionamento de aparelhos etc, permitindo uma multiplicidade de novas aplicações e funcionalidades.
Kit de Iniciação da Internet das Coisas
"O novo Kit de Iniciação da Internet das Coisas integra a plataforma de sensores sem fios da Libelium com o software Mote Runner da IBM e o protocolo 6LoWPAN, que permite que cada sensor ou dispositivo conecte-se diretamente à Internet usando o novo protocolo IPv6," afirma a IBM. O Mote Runner é uma plataforma de software aberto que permite fazer a conexão dos sensores à rede.
O SDK trabalha com linguagens de alto nível, como Java e C#, e permite usar seis protocolos de comunicação sem fios - Wi-Fi, ZigBee, 802.15.4, Bluetooth, NFC e 3G.
Já a parte do hardware possui um modo de espera no qual os sensores consomem apenas 65uA, "permitindo que a bateria dure anos", segundo a IBM. O kit permite ligar até 60 sensores e começar imediatamente o desenvolvimento dos aplicativos.
O "SDK Internet das Coisas" inclui também o código fonte das bibliotecas do protocolo 6LoWPAN, permitindo que os programadores modifiquem e adicionem seus próprios algoritmos.