A Nokia já fatura 500 milhões de euros (647 milhões de dólares) anuais com royalties sobre suas patentes em áreas importantes da telefonia móvel, e alguns analistas afirmam que aplicar seus direitos de patente de maneira mais determinada poderia elevar o faturamento da companhia em mais centenas de milhões de euros ao ano. Alternativamente, vendê-las poderia propiciar bilhões de euros.
De qualquer forma, em um momento no qual o futuro da empresa está ameaçado pela queda das vendas e a perda de mercado, as patentes da Nokia emergiram como ativos mais valiosos e estáveis da companhia em crise. Explorá-las plenamente pode ser crucial para sua sobrevivência em longo prazo.
"É algo que eles deveriam fazer. A única questão é: Por que esperaram tanto?", disse Alexander Poltorak, presidente-executivo da consultoria de patentes General Patent.
Culpa da exclusividade ao Windows Phone?
A Nokia já alertou a novatos do setor de celulares com os quais não tem acordos de licenciamento, afirmando que quer elevar sua receita com royalties. Na semana passada, abriu processos contra dois fabricantes de aparelhos equipados com o sistema Android, do Google.
A Nokia processou a HTC e a ViewSonic por violações de patentes de telefonia móvel e software, e é provável que outras usuárias do Android estejam entre os próximos alvos. Os analistas afirmam ser provável que ela aja em breve contra fabricantes chineses e indianos de celulares, e contra a Amazon.com, fabricante do Kindle.
"Os próximos alvos, em minha expectativa, devem ser a ZTE, Huawei e Micromax", disse o analista Tero Kuittinen, da consultoria finlandesa de telefonia móvel Alekstra.
A Nokia se recusou a comentar sobre outros possíveis alvos, mas o porta-voz Mark Durrant afirmou em e-mail que ficou claro no press release da semana passada sobre os processos contra a HTC, RIM e Viewsonic que estamos tomando novas medidas, avançando além das patentes essenciais para outras patentes que não temos qualquer obrigação de licenciar".
ZTE, Huawei, Micromax e Amazon não estavam disponíveis para comentar.
Fonte: UOL Tecnonlogia