Widner passou 16 anos como ativista skinhead e era considerado um dos racistas brancos mais famosos dos Estados Unidos, mas aos 32 anos ele resolveu mudar de vida. Agora, casado com uma também ex-neonazi, ele quer educar os filhos com os ideais de tolerância. “Nós deixamos o movimento, criamos uma boa família. Temos muita coisa para viver ainda. Sempre pensava que alguém estava olhando por nós”, disse a esposa Julie à Associated Press.
Apesar de ter se arrependido, ele não conseguia emprego por causa das tatuagens. "Chegou um momento em que eu estava totalmente preparado para jogar ácido no meu rosto [para remover as tatuagens]", disse ele.
Desesperado, procurou o grupo Southern Poverty Law Center - organização americana que monitora os "grupos de ódio" – e conseguiu a ajuda de um doador anônimo para pagar as cirurgias. Em contrapartida, Widner ministrará palestras para contar a história de sua mudança, que contou com a ajuda do ativista negro Daryle Lamont, dirigente do One's People.
Ele ainda sofre de enxaquecas devido às cirurgias extensas para remover as tatuagens e quer apagar outras, nos braços e no peito. O mais difícil será esquecer o passado. O ex-skinhead disse à Associated Press que sonha todas as noites com as pessoas que agrediu.
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