A empresa de Mark Zuckerberg teria interesse na Opera para conseguir dois objetivos: o primeiro seria entrar na guerra dos navegadores. O segundo, e talvez o principal, é usar a experiência da Opera para desenvolver rapidamente uma solução de anúncios para dispositivos móveis, já que a Opera tem uma grande tradição em navegadores para celulares e tablets.
A Opera, segundo analistas, tem cerca de 200 milhões de usuários dos seus navegadores móveis, conhecidos como Opera Mini e Opera Mobile. Já em desktops, a empresa ainda não decolou e tem apenas de 1,7% do mercado, segundo dados da StarCounter.
Com a compra, o Facebook também tentaria dar uma resposta para muitos investidores. Muitos reclamaram que a rede social ainda não tem uma estratégia bem definida de anúncios (adwords) em tablets e smartphones – e que isso, inclusive, seria uma das razões para a queda do preço das ações da empresa (que caiu de 38 dólares no dia do IPO para cerca de 30 dólares neste semana).
Guerra – Segundos fontes que falaram ao site The Next Web, Mark Zuckerberg poderia criar com a Opera o browser “Facebook”, com funções especificas. Desse modo, ele conseguiria manter os usuários por mais tempo na rede social – o que ajudaria a empresa a valorizar o custo da publicidade e, consequentemente, as ações.
Com um navegador próprio, Zuckerberg também colocaria o Facebook na disputa pelo mercado de navegadores – que hoje tem nomes de peso como Mozilla, Microsoft, Apple, Google e Microsoft.
Compras – Com o IPO, ocorrido há uma semana, o Facebook captou para seu caixa cerca de 6 bilhões de dólares. A empresa deve usar uma parte desse dinheiro para fazer comprar novas empresas e tecnologias, como a Opera. O objetivo é claro: fortalecer o Facebook e fazer frente ao Google – o grande rival da rede social no momento.
Caso o negócio seja concretizado, a Opera pode se tornar um dos grandes negócios do Facebook. Até o momento, a mais badalada compra de Mark Zuckerberg foi o Instagram, que custou 1 bilhão de dólares aos cofres da rede social.
Antes disso, o Facebook tinha apostado apenas em patentes (para evitar processos) e, ainda, em startups. A mais famosa delas foi o GoWalla – que já não existe mais.
Fonte: Info