A companhia com sede em Xangai Zhi Zhen Internet Technology está processando a Apple por alegadamente infringir uma patente com o software Siri, assistente virtual do iPhone.
A patente foi registrada em 2006. O Siri foi lançado seis anos depois, em maio de 2012. Um mês depois, a Zhi Zhen deu início à ação judicial.
A empresa chinesa é dona de um aplicativo intitulado Xiao i Robot, que tem a capacidade de interpretar e responder a perguntas feitas por voz e de estabelecer diálogos simples, assim como o Siri.
O aplicativo pode ser usado em iPhones, smartphones com Android e como plug-in do Windows Live Messenger (antigo MSN).
"Temos 100 milhões de usuários na China e numerosas companhias usam nosso produto", disse o executivo-chefe da Zhi Zhen, Yuan Hui, à agência de notícias IDG News, nesta sexta (6).
No mês de lançamento oficial do Siri (antes de processar a Apple), a Zhi Zhen contatou a empresa para alertar sobre a infração de propriedade intelectual.
Como as conversas parecem não ter surtido efeito, a ação judicial foi iniciada.
Duas línguas chinesas, o mandarim e o cantonês, foram adicionados ao Siri pela Apple no mês passado.
A próxima versão do sistema móvel da Apple, o iOS 6, permitirá que usuários do iPad também usem o assistente virtual e terá um Siri renovado, segundo a empresa.
PROCESSOS LUCRATIVOS
Não é a primeira vez que a Apple é processada na China por infração de propriedade intelectual.
A marca iPad, que havia sido registrada pela Proview anos antes de a Apple lançar seu tablet, custou à empresa americana cerca de R$ 120 milhões.
A também chinesa Jiangsu Xuebao, por sua vez, está processando a Apple pelo termo "Xuebao", que significa leopardo-das-neves em mandarim (o sistema Mac OS X 10.6 é intitulado Snow Leopard). A companhia americana nunca utilizou o termo em marketing no país, segundo o "The Next Web".
A Jiangsu Xuebao quer cerca de R$ 160 mil "e um pedido de desculpas" da Apple.