Postado por Vinícius Vieira
Ao contrário do que muitas pessoas, inclusive pessoas influentes no “universo Linux” previram, o assunto do Secure Boot – UEFI está ficando cada vez mais sério. Depois do Projeto Fedora ter decidido comprar chaves da Microsoft para assinar os binários do Grub 2 e do Kernel para as versões do Fedora, veio a Canonical com a ideia de implementar um bootloader totalmente novo (na verdade baseado no EFILinux, da Intel) no Ubuntu, deixando de lado o Grub 2.
A Free Software Foundation, que é a organização mundial que briga pelas licenças que garantem a liberdade do software, se levantou totalmente contra a posição do Projeto Fedora e principalmente contra a Canonical, alegando que ao invés de “libertar” o usuários das licenças proprietárias, eles estariam “fechando” o usuário numa solução “não-livre”. Apesar do Projeto Fedora e da Canonical, como também a própria FSF, basearem suas aplicações no kernel Linux, elas não respondem pelo Linux em si. Faltava um posicionamento de uma organização que “fosse o Linux”… e esse posicionamento chegou.
A Linux Foundation, organização mundial e sem fins lucrativos por trás do Linux, criou um Conselho Consultivo para achar uma solução viável e cabível para o ecossistema Linux, com relação ao UEFI. James Bottomley, presidente do Conselho de Administração da Linux Foundation, anunciou uma versão do Intel Tianocore UEFI, liberando o código para que os desenvolvedores Linux possam driblar as restrições da “inicialização segura”. Até recentemente, esse bootloader não tinha o Authenticode que a Microsoft usa para o Secure Boot, porém agora o Tinocore inclui essa funcionalidade também.
O Conselho Consultivo do UEFI da Linux Foundation afirmou que é muito difícil “colocar as mãos” em um hardware real com inicialização UEFI habilitada: “Essa responsabilidade não é apenas dos desenvolvedores Linux. Em minhas conversas com fabricantes de equipamentos originais (OEM) muitos deles também tiveram dificuldade em ter acesso ao verdadeiro hardware com UEFI habilitado”, disse Bottomley.
Muita “água ainda vai passar debaixo desta ponte”, porém o que fica claro pra mim a cada dia que passa é que essa história de UEFI e Secure Boot é apenas a “ponta do iceberg”… a Microsoft deve ter planos bem mais obscuros com relação a tudo isso.
Com informações daqui
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