A proposta encaminhada ao Internet Engineering Task Force (IETF) foi criada por Tim Bray, líder de desenvolvimento do Android no Google. O novo código viria complementar os já existentes e conhecidos, como o 404 (Página Não Encontrada) e 403 (Acesso Não-Disponível). Segundo Bray, "isto permite aos administradores de servidores operar com maior transparência em circunstâncias onde questões legais ou políticas públicas afetam sua operação".
Atualmente, requisições de páginas bloqueadas no provedor de acesso, como o The Pirate Bay na Inglaterra, respondem com erro 403. Mas a classe de erros 4xx é utilizada somente quando há um erro no nível do cliente. No caso de sites censurados, o servidor dos sites está funcionando normalmente, o navegador realizou a requisição sem problemas, mas existe uma censura impedindo o acesso. O servidor censurado nem chega a ver a requisição solicitada, bloqueada no provedor.
O código 451 é inspirado no clássico livro "Fahrenheit 451", do escritor de ficção-científica Ray Bradbury, falecido no começo do mês. Na obra, o protagonista é um bombeiro em um futuro distópico. Nesta realidade, bombeiros não apagam incêndios, mas queimam livros considerados impróprios pelo governo. O título da obra vem da temperatura de ignição do papel.
Fonte: Código Fonte