Ex-ativista do grupo de hackers, que está proibido de acessar a internet, relata seu dia a dia fora da rede
Jake Davis de 19 anos, um dos membros mais importantes do LulzSec, grupo de hackers simpatizantes dos Anonymous que realizou o movimento “50 dias de Lulz”, está sob liberdade condicional e proibido de acessar a internet. O rapaz foi declarado culpado de organizar ataques contra empresas e agências governamentais ao redor do mundo e agora enfrenta uma pena pesada para alguém que passava dias conectado.
Em um artigo escrito para o jornal The Guardian, o hacktivista declarou que a última vez que acessou a internet foi há um ano, minutos antes da polícia entrar em sua casa e prendê-lo. Porém, ele afirmou que a vida sem internet tem sido serena. Davis disse ter tempo para ler jornais, comprar produtos em lojas físicas e frequentar locais reais. “Não preciso mais captar algo para transformar em piadas para impressionar cidadãos que possuem emoções representadas por teclas”, comentou.
Apesar de sentir saudades do acesso fácil a assuntos de seu interesse e da companhia dos amigos virtuais, o ex-ativista digital garantiu que existe algo muito cativante na vida offline. “O meu sono está mais tranquilo e ininterrupto. Os livros parecem muito mais interessante e a paranóia certamente desapareceu. Eu só posso descrever esta sensação como a renovação de uma atenção anteriormente diminuída”, explicou.
Para ele, o pior da internet é a distração. O fluxo constante de informações, muitas vezes inúteis, corroe a criatividade das pessoas e as tornam incapazes de pensar por si só. “Antes da internet talvez eu achasse impossível escrever um texto. Mas agora eu vejo que não era preciso tanto alarde”, disse. “Não cabe a mim dizer se a comunidade hacker deve ou não fazer o mesmo, mas eu espero que outras pessoas também decidam dar um tempo da web (talvez só por uma semana) para ver se os efeitos serão positivos. Não custa tentar”, finalizou.
Entenda o caso
O membro do grupo se declarou culpado em um tribunal londrino de organizar ataques contra computadores de empresas internacionais e agências governamentais numa onda de cibercrimes que atraiu a atenção mundial.
Alvos incluíram a CIA, as britânicas Serious Organised Crime Agency e National Health Service, a Polícia Estadual do Arizona, Nintendo, Sony e o grupo de jornais britânicos News International, de Rupert Murdoch, além do estúdio de cinema 20th Century Fox.
As páginas foram atingidas pelos chamados ataques de negação de serviços (DDoS), que sobrecarregam os servidores e estes ficam impossibilitados de atender todas as requisições simultâneas de acesso.
O LulzSec é um braço do grupo internacional de hackers Anonymous. Ambos deram início a uma onda de cyber-crimes que atraiu cobertura mundial da mídia em 2011.
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