Na última semana falei sobre a notícia que circulou nos blogs sobre Linux e Software Livre que dava conta de que o KDE não terá suporte em um futuro próximo ao Wayland. Pois na última Sexta-Feira Martin Gräßlin, desenvolvedor principal do Kwin, juntamente com Sebastian Kügler postaram mais informações explicando os motivos que levarão a demora.
O destaque, assim como no post anterior, é a necessidade da utilização do Qt 5. O código atual do Plasma, e de todas as partes e aplicativos do KDE diga-se de passagem, precisará ser portado para a nova versão do framework, que tem suporte ao Wayland.
Se isso não fosse trabalho suficiente, os desenvolvedores do Kwin ainda querem fazer uma segunda migração no componente. Atualmente eles utilizam o objeto QPainter como base para o desenvolvimento do componente. A partir da próxima versão, já em Qt 5, eles desejam utilizar aceleração de hardware totalmente no ambiente utilizando o OpenGL para renderizar o compositor de janelas. Isso significa, segundo Kügler, que além de portar o código do Qt 4 para o Qt 5, eles precisarão refazer tudo o que era feito com o QPainter utilizando o QtQuick 2, que permite o resultado desejado.
Você quer prazos? Hum, eu odeio ser estraga prazeres mais eles ainda não existem. Isso porque o projeto ainda está em fase de planejamento e as reuniões para definir de vez os planos para o Kwin e tentar começar algum tipo de trabalho estão ocorrendo desde a mesma Sexta-Feira no chamado KDE Randa Meetings.
Confesso que eu fiquei um pouco mais decepcionado com a notícia. Eu ainda tinha a esperança de que, ainda que não houvesse nada pronto, haveria ALGO pronto, faltando acabamento ou mais trabalho. E a realidade, no entanto, é que não há nada além de planos ainda. É, Wayland, parece que a sua adoção não será fácil.
Fonte: Espaço Liberdade