Com um design que sugere uma mistura entre um capacete de ciclista e um sistema de comunicações de mãos livres, a nova proposta da Motorola é mais uma inserida no conceito que pretende levar a computação pessoal a um nível mais sensorial. Neste caso, o controlo de todas as funcionalidades é feito com comandos de voz, um mini visor frontal mostra a área de trabalho do computador e a uma câmara lateral permite aproximar a zona onde o utilizador se encontra.
O computador propriamente dito, com a unidade de processamento, a memória e as interfaces, assume a forma de uma pequena barra metálica situada na traseira do capacete.
Segundo a Motorola, o HC1 foi desenvolvido tendo em vista a sua utilização por profissionais que necessitam de ter as mãos livres mas também acesso imediato a dados informáticos e a comunicações online. A empresa dá o exemplo de profissionais de engenharia, arquitetos, manutenção técnica, proteção civil ou de saúde por exemplo, associando o seu novo dispositivo a situações complexas onde o acesso a informação e a liberdade de movimentos são essenciais.
"Se imaginar alguém, digamos, no topo de um poste de comunicações ou de eletricidade, a necessitar de reajustar alguma coisa, essa pessoa não quererá estar a teclar num laptop" explicou à BBC o gestor de produtos móveis da Motorola, Paul Reed, defendendo que esses profissionais "podem ter acesso a toda a informação de que necessitam e fazer o seu trabalho em segurança com este dispositivo".
A criação de dispositivos eletrónicos e computadores para colocar na cabeça, ou em forma de óculos, é uma tendência crescente entre alguns fabricantes, que vêm neste tipo de solução uma forma de libertar os utilizadores de uma postura mais estática em frente ao computador, garantindo liberdade de movimentos e o acesso a informação pertinente, sem necessariamente parar com a atividade que está a desenvolver.
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Só não percebo é qual a necessidade de uma coisa destas quando existe uma tecnologia quase pronta chamada Project Glass.
