HP destronada por empresa indiana no ranking das mais "verdes"
A Wipro, uma empresa indiana de serviços, consultoria e outsourcing relacionado com as TI, entrou pela primeira vez na lista das marcas tecnológicas mais ecológicas, e logo para o primeiro lugar do ranking que é elaborado todos os anos pela Greenpeace International.
A tecnológica indiana destacou-se das restantes marcas pela aposta nas energias renováveis e pela estratégia ecológica que está a ser implementada na Índia. A empresa tem ainda um serviço de tratamento de lixo eletrónico que permite reciclar e como eliminar os produtos e componentes mais perigosos para o meio ambiente. No barómetro ecológico da Greenpeace, a Wipro conseguiu 7,1 pontos numa escala onde 10 é a pontuação máxima, aquela que é também a classificação mais alta de sempre.
Em segundo lugar ficou a Hewlett-Packard (HP) com uma pontuação abaixo dos 6 pontos e abandonando a primeira posição que tiha sido conquistada em 2011. A Nokia e a Acer ficaram na terceira e quarta posição respetivamente, seguidas pela Dell e pela Apple no quinto e sexto lugar. Samsung, Sony e Lenovo fecham o top do Guide To Greener Electronics.
A empresa taiwanesa Acer foi de todas a que evoluiu mais entre 2011 e 2012, subindo nove posições no ranking muito graças ao "envolvimento com os fornecedores no capítulo nas emissões de gases com efeitos de estufa e substâncias perigosas", lê-se no comunicado dos ativistas.
Nas últimas posições, entre as 16 empresas analisadas, ficaram a Research in Motion (RIM) e a Toshiba, que foram avaliadas na casa dos 2 pontos. Ainda assim a empresa responsável pelos BlackBerry conseguiu aumentar ligeiramente a sua classificação relativamente aos resultados do ano passado.
No geral a Greenpeace destaca a menor quantidade de "químicos tóxicos" usados na construção de smartphones, tablets e computadores. A organização aconselha as tecnológicas a reduzirem os gastos energéticos nos processos de construção e nas fábricas que fornecem componentes para os dispositivos, para que possam ficar mais amigas do ambiente.
"O próximo grande desafio ambiental para as companhias de eletrónica de consumo é reduzir as emissões de carbono. As empresas deviam trabalhar com os seus fornecedores de componentes para implementar processos de fabrico mais eficientes e para suportar mais energias renováveis, e não combustíveis fósseis", comentou um analista da Greenpeace relacionado com a área das TI, Casey Harrell.
O crescimento que as empresas eletrónicas têm conhecido e o poder que têm conseguido dentro de alguns países poderia ser um fator aproveitado pelas empresas para melhorarem as práticas ambientais, não só dos seus processos de construção como das restantes indústrias, conclui o relatório da Greenpeace.