Uma das características mais fortes do Linux em relação a outros sistemas, em especial ao Windows, é o forte e rígido sistema de segurança, além da estabilidade, é claro. Não bastou, porém, que a notícia de que um rootkit para o sistema teria sido descoberto para que comentaristas de blogs, de sites e de fóruns começassem a provocar a comunidade Linux com perguntas capiciosas do tipo "onde está a segurança do Linux agora?", fazendo quase que um convite subjetivo para que trocássemos nosso sistema pelo fracassado Windows 8.
É claro que quem faz esse tipo de comentário provavelmente nem chegou a ler a notícia por completo. O malware em questão, assim como os demais que existem para Linux - sim, este não será o primeiro e tampouco o último - ataca servidores Linux, neste caso, baseados em sistemas Debian e com o servidor web ngix.
Normalmente, um usuário doméstico de Linux não rodará sistemas de servidor em seu computador pessoal, assim, estamos imunes a esta praga. Mesmo que você seja infectado, porém, não há o que se preocupar, pois temos o rkhunter, que serve justamente para detectar e eliminar esse tipo de ameaça.
O que os triunfantes usuários de Windows se esquecem é que, uma vez que um servidor Debian seja infectado com esse malware, o programa malicioso vai inserir um iframe em todas as páginas hospedadas pelo servidor web e este, por sua vez, vai executar códigos maliciosos para infectar... o próprio Windows! Assim, embora alguns tenham dito que isso seria um sinal do aumento da popularidade do Linux, percebe-se que, no final das contas, o objetivo principal dos cibercriminosos é continuar infectando máquinas com o sistema da Microsoft.
É claro que nenhum sistema operacional está livre de problemas de segurança e, para evitá-los, a principal medida é mantê-lo sempre atualizado. Mas a pergunta que faço àqueles que estão perguntando onde está a segurança do Linux agora é: quantos malwares existem mesmo para Windows?