O caso entre as duas fabricantes começou em 2003, quando estabeleceram um contrato onde cediam mutuamente o acesso a tecnologias consideradas como essenciais para o desenvolvimento e comercialização de telemóveis, mediante o pagamento de direitos intelectuais. Em 2011 a RIM pediu ao mediador sueco que também considerasse as patentes WLAN da Nokia como parte do acordo previamente estabelecido. A Nokia discordou e pediu o pagamento extra de royalties.
Mesmo sem haver decisão, a Research in Motion fez uso das patentes da Nokia por achar que estavam cobertas pelo contrato.
A decisão agora conhecida e tomada no início de novembro, dizia que a "RIM esteve em quebra de contrato e não tem o direito de fabricar ou vender produtos com WLAN sem antes acordar os direitos económicos com a Nokia". Caso a RIM não acate a decisão do órgão regulador, a empresa finlandesa pode pedir a proibição de vendas dos smartphones BlackBerry nos EUA, Canadá e Reino Unido, mercados importantes para a Research in Motion. Neste sentido a Nokia já deu entrada com processos preliminares em tribunais destes países para a eventualidade do entendimento não ser alcançado.
Caso a proibição de vendas se aplique, será um revés muito grande para a marca canadiana que, além dos telemóveis que tem atualmente no mercado, não poderá comercializar os novos smartphones com BlackBerry OS 10, a grande aposta da empresa para recuperar no mercado dos dispositivos móveis.
Segundo a Reuters, os analistas acreditam que a RIM vai chegar a acordo com a Nokia para o pagamento de royalties, dada a posição delicada no mercado. Mas caso a empresa assim queira, pode não seguir as indicações do regulador sueco e esperar pelos processos judiciais, que poderão ter um desfecho favorável à RIM.