O "Daily" foi lançado em fevereiro do ano passado sob a promessa de revolucionar a forma como o leitor consome jornais no mundo.
Em comunicado, Murdoch afirmou que a empresa não conseguiu atrair público suficiente para "tornar o modelo de negócios da publicação sustentável a longo prazo".
A empresa não divulga números, mas estima-se que o jornal teria 100 mil assinantes --na época do lançamento, Murdoch disse que seriam necessários 500 mil para o jornal não perder dinheiro.
Parte da equipe do jornal será transferida para o "New York Post", que também pertence ao grupo de Murdoch.
Segundo a empresa, a marca The Daily deve sobreviver em "outros canais" de comunicação do conglomerado.
REESTRUTURAÇÃO
A News Corp. também revelou detalhes sobre sua divisão em duas empresas distintas, conforme anunciado em junho.
O braço editorial da companhia, a News Corporation, será dirigido por Robert Thomson, ex-Dow Jones e Wall Street Journal.
A parte focada em entretenimento, a Fox Group, terá no comando Chase Carey, vice-presidente do grupo, com James Murdoch (filho de Rupert), 39, como chefe de operações.
Na nova fase do conglomerado, que é avaliado em cerca de US$ 60 bilhões, Rupert Murdoch atuará como presidente do conselho das duas novas empresas, e a sua família manterá o controle sobre os empreendimentos.
"Vamos construir a nossa missão tradicional de informar, entreter e melhorar a vida dos leitores e espectadores de todo o mundo", disse Murdoch no comunicado.
NEWS CORP.
A News Corp. é proprietária, entre outros, do "Wall Street Journal" (o jornal de maior circulação dos Estados Unidos), dos jornais britânicos "The Times" e "The Sun" e da produtora de cinema 20th Century Fox.
No ano passado, o grupo se envolveu em um escândalo de escutas telefônicas no Reino Unido que resultou no fim do jornal "News of the World".