O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, tem recusado divulgar os vencimentos auferidos por altos cargos na Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, que, segundo a edição desta segunda-feira do Correio da Manhã, rondam os 300 mil euros anuais no caso do presidente do IGCP, João Moreira Rato. Também a vogal Cristina Casalinho recebe um valor muito superior ao ordenado do primeiro-ministro.
João Moreira Rato, anteriormente no Morgan Stanley, e Cristina Casalinho, antiga economista-chefe do BPI, beneficiam de um regime de excepção no IGCP após este ter sido transformado em empresa pública. Assim, os dois gestores optaram por auferir o salário médio que receberam nos últimos três anos.
Questionado a 10 de Setembro pelo Correio da Manhã, Vítor Gaspar não respondeu.
Também o PS apresentou um requerimento ao primeiro-ministro sobre esta matéria, mas Passos Coelho recusou responder «dizendo que a responsabilidade não era dele, mas do ministro das Finanças», disse Carlos Zorrinho, líder parlamentar socialista. O PS fez então um requerimento a Vítor Gaspar, o qual ainda não obteve qualquer resposta.
João Moreira Rato, de 41 anos, era director executivo do Morgan Stanley desde 2010 antes de assumir a presidência do IGCP. Anteriormente tinha passado pelo Goldman Sachs.
Cristina Casalinho, de 44 anos, ocupava o cargo de economista-chefe do BPI e tinha antes trabalhado no Gabinete de Estudos do Departamento de Estatísticas do Banco de Portugal.
Ambos os gestores do IGCP não entregaram as declarações de rendimentos junto do Tribunal Constitucional, o que deviam ter efectuado até 18 de Agosto.
Fonte: Diário Digital
O governo nisto já não lhe interessa, mas o bolso do povo já interessa