Após fuga de três semanas, o criador do antivírus homônimo é preso após cruzar ilegalmente a fronteira com a Guatemala. McAfee é procurado por possível envolvimento no assassinato de um vizinho.
Como desfecho para uma fuga cinematográfica que durou três semanas, o programador e empresário John McAfee (67) foi recentemente detido por policiais na Guatemala. McAfee cruzou ilegalmente a fronteira do país com Belize, onde residia, após ser questionado sobre o seu possível envolvimento no assassinato de um vizinho — Gregory Faull (53).
De acordo com a Reuters, McFee foi encontrado após uma matéria produzida pela revista nova-iorquina VICE — a qual, por acidente, acabou veiculando a imagem de um celular com GPS. Os dados revelaram que o desenvolvedor havia chegado à Guatemala — onde acabou pedindo asilo político. McAfee foi visto no país ao lado do seu novo advogado, Telesforo Guerra, ex-advogado geral da Guatemala. De acordo com o site AFP, o executivo é mantido atualmente em uma residência bem guardada pertencente ao departamento de imigração.
Entretanto, a estada deve ser relativamente curta. O Ministro do Interior planeja mandá-lo de volta a Belize, já que a entrada no país foi feita ilegalmente. A questão deve ser levada a cabo ainda nesta quinta-feira, 6.
Ainda não há um mandado de prisão
Vale lembrar que ainda não há, de fato, um mandado de prisão internacional. Na verdade, John McAfee é, atualmente, considerado apenas como “uma pessoa de interesse” no caso envolvendo o assassinato de Gregory Faull. A revista VICE chegou a publicar o álibi do programador para a ocasião do crime:
“Me parece que não há nada a ser provado. Eu não estava lá, eu estava com Sam [a namorada do executivo, Sam Vanegas] durante toda a noite. Eu tenho pelo menos meia dúzia de testemunhas desse fato. Eu não tinha qualquer motivo. Eu não tenho acesso a armas de 9 milímetros [pistolas] — eu não sei o que realmente há para provar aí, realmente.”
De qualquer forma, Gregory Faull havia registrado diversas reclamações contra McAfee na prefeitura — alegando, entre outras coisas, que o programador disparava armas e exibia um “comportamento provocante”. O executivo é também investigado por seu possível envolvimento com fabricação de drogas e também por porte ilegal de armas.
FONTE:
http://www.tecmundo.com.br/seguranca/33 ... z2EMUZzT8s