Instagram pode vender fotos de usuários em nova política de privacidade
O Instagram anunciou nesta terça-feira uma nova versão de sua política de privacidade. De acordo com os termos, a rede social passa a ter direito comercial sobre as fotografias postadas pelos usuários, podendo inclusive vendê-las para terceiros sem que haja qualquer repasse de verba para os criadores das obras.
Assim como um banco de imagens (da mesma maneira que o iStock, por exemplo), o Instagram poderá trabalhar da mesma forma, mas sem precisar gastar dinheiro para a aquisição dos materiais vendidos. Não há qualquer confirmação de que algo assim acontecerá, mas é uma possibilidade permitida pelos novos termos. O serviço terá direitos sobre qualquer imagem, inclusive as que mostram pessoas.
O anúncio das modificações foi feito por meio do site do Instagram, dias depois que o Facebook anunciou mudanças em sua política de uso de dados dos usuários, que já indicava o compartilhamento de informações entre as duas empresas .
"Em setembro de 2012, nós anunciamos que o Instagram foi adquirido pelo Facebook. Nós sabíamos que, ao nos juntar ao Facebook, nós poderíamos construir um Instagram melhor para os usuários. Como parte de nossa nova colaboração, nós aprendemos que, sendo capazes de compartilhar ideias e informações entre si, nós podemos criar experiências melhores para os usuários", diz o Instagram, no comunicado.
O Instagram afirma que, com as mudanças, os usuários continuarão tendo controle sobre quem pode ver suas fotos e poderão continuar escolhendo quando publicar suas fotos no Facebook. "Não estamos mudando os recursos principais do aplicativo que vocês já conhecem e amam", diz a empresa, no comunicado. Confira o documento completo no site oficial do Instagram.
As principais mudanças na política de privacidade do site estão na parte sobre como o Instagram compartilha as informações dos usuários com outras empresas e parceiros. Num texto bastante parecido com o recém-anunciado pelo Facebook, o Instagram afirma que pode compartilhar as informações dos usuários (como cookies, arquivos de histórico, identificadores de aparelhos, dados de localização e de uso do aplicativo) com outras empresas que fazem parte do mesmo grupo, neste caso o Facebook. "Os afiliados podem usar essas informações para ajudá-los a oferecer o serviço, entender os usuários e melhorar o serviço, inclusive no serviço oferecido pelo afiliado, ao oferecer ao usuário uma experiência melhor e mais relevante. Mas estes afiliados honrarão as escolhas que os usuários fazem sobre quem pode ver suas fotos", informa o texto da nova política de privacidade do Instagram.
As mudanças nos termos de uso e na política de privacidade do
Instagram começam a valer a partir de 16 de janeiro de 2013. Os
usuários que continuarem a usar o serviço a partir desta data terão que concordar.
Fonte: O Dia