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Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfico

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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Alessandra Vianna » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 18:00

Depois eu posto aqui o que eu acho.
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Ron Alon » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 18:21

jforce (22-12-2012, 15:32) escreveu:Eu acredito que a existência de "varias versões de português" é uma pura perca de tempo, energia e recursos que em nada ajuda ao engrandecimento da língua e que inclusive é fator de indução de vários problemas absurdos.
A muito que esta situação deveria ter sido corregida para bem de todos os povos que adotaram o Português como língua mãe.


As várias "versões" dependem de diversos fatores. É uma única língua com normas diferentes. (Não tenho como citar fontes no momento, perdoem!)

O maior exemplo para entender o que houve é a evolução do Latim Vulgar. Se deu por três fatores: a. histórico; b. etnológico; c. político. O mesmo idioma era falado de formas diferentes dependendo da região. A questão histórica: cada local foi romanizado (conquistado) em épocas diferentes. Como a língua é viva e se modifica, cada local pegou uma língua modificada (gírias, por exemplo). O fator etnológico era que já existiam povos nestes lugares e eles já tinham um dialeto próprio. Ao juntar-se com o Latim Vulgar, novas palavras/significados eram formados, formando uma nova forma do mesmo Latim Vulgar. E a questão política é que, dependendo da força de Roma, maior controle da língua existia. Quando o Império acabou, não havia uma centralização disto (pois, mesmo com tudo isto, ainda havia este tipo de centralização) e cada lugar foi modificando mais ainda a língua. Daí vieram os romanços, essa grande "salada" de modificações do Latim Vulgar. Depois línguas foram se formando. Espanhol, Português, Francês, Italiano, etc. (Isto sem contar com a Invasão Árabe ou os Povos Bárbaros que modificaram mais ainda a língua)

O que aconteceu em Portugal é que não houve mais evolução deste tipo por ser um país já formado. No Brasil, veio uma língua pronta. Mas o que havia aqui? Os índios! Novas palavras foram incluídas no vocabulário. E depois o que mais veio para cá? Os escravos africanos, que incluíram mais palavras no vocabulários. Mas apenas isto? Não! Modo de falar também foi incorporado. Uma nova ordem de como se falar também (me dá um cigarro ao invés de dá-me um cigarro). Isto já aconteceu no LV/Galego-português, já que o Latim Clássico não apresenta ordem direta, pois o modo em que a palavra era escrita que determinava sujeito, objeto, etc. O Brasil também possuí um clima diferente de Portugal. E isto também determina o modo de falar. Como dito no livro Casa grande e senzala, o PT-BR é fixado nas vogais, enquanto o PT-PT nas consoantes. As vogais são com a boca aberta, enquanto as consoantes, não. Isto pode ser explicado por diversos fatores e um deles é a oxigenação que o pulmão precisa por causa do clima.

Quanto a estrangeirismos, todos nós comemos arroz e feijão. Mas a palavra arroz é um estrangeirismo árabe. Enquanto feijão vem do latim e do grego.

A palavra deletar veio do inglês. Mas seu caminho foi interessante: latim > inglês > português. É um estrangeirismo inglês que é original do latim. E isto é evolução!

O que dizer do latim vulgar caballus enquanto o latim clássico era eqqus? E o animal chamar cavalo mas temos o substantivo equino?
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Alessandra Vianna » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 20:20

Claudio Novais (22-12-2012, 15:48) escreveu:Na minha humilde opinião esse "mas" e "mais" é uma questão de tempo até que as coisas comecem a ser tratadas como uma única palavra. Isso aconteceu já em inúmeros casos aí no Brasil e acho que acima de tudo ocorreram pela falta de rigor, falta de educação séria que mesmo em Portugal existe essa falha mas acho que no Brasil ocorre com maior gravidade e em muito maior proporção (visto que o país é 20 vezes maior).

Isso do "mas" e "mais", é fácil:
*mas = preposição
*mais = refere-se a adição, quantidade


Creio que existam duas situações:
* Como você disse, o desleixo. Pela pronúncia ser quase a mesma, por conta do SOTAQUE em determinadas regiões, as pessoas acabam por escrever desse jeito, não levando em consideração o que é ensinado na escola.
* Pelo fato de as palavras serem semelhantes na fala, pouco importa a escrita, contanto que a pessoa entenda o que lhe foi dito/escrito/transmitido.


Claudio Novais (22-12-2012, 15:48) escreveu:*"Baixar" (vindo do download), onde está o sentido disso? Não está. Foi uma tradução literal sem qualquer sentido na minha opinião.
*"Startar" até me dói no coração quando ouço isso nos vídeos do Youtube.

São estrangeirismos, eles já são considerados na língua, eu estudo isso em Língua Portuguesa e em linguística! E vou lhe dizer, meus professores explicam esta matéria com vontade de fuzilar quem inventou.

Estava conversando com o Ron e ele me disse sobre palavras 100% em português, que são estrangeiras, como: “Alface” que vêm do árabe al-khass. Outro exemplo é: “álcool” também do árabe al-kohul. Eu pesquisei.

Aliás, os próprios americanos usam palavras estrangeiras, em latim (Que eles desdenham. Mas é muito usado em termos científicos, pois tudo que é de ciência ou de Lei, vem do latim), em francês... Exemplo: noivo ou noiva em inglês, eles falam “Fiancée”. E o “alcohol” deles é mais parecido com o "al-kohul" do tio Osama.

Claudio Novais (22-12-2012, 15:48) escreveu:"Meia" significa 6 (seis), não sei bem qual a génese para provavelmente vem de meia dúzia; também não acho nenhum sentido nessa palavra, nem no latim, nem português, nem inglês.

Eu deduzi desta forma: Metade. Por isso diz: “meia dúzia”; Seis é a metade de doze.

*Meia garrafa de água. (A água está preenchendo metade da garrafa)
*Meia xícara de farinha. (A farinha deve preencher metade da xícara)

Não pesquisei isso, me corrijam.

Aqui no Brasil as pessoas (mulheres) usam meia, com sentido de meio, provavelmente pensando que, talvez, seja uma variação feminina da palavra.

*Ela está meia cansada.

O certo é:

*Ela está meio cansada.

Pois não há como ela ficar cansada pela metade.

Claudio Novais (22-12-2012, 15:48) escreveu:A situação das faltas dos 'C's também não faz grande sentido quando compararmos com as várias línguas existentes e não me venha dizer que é difícil dizer um C antes de outra consoante, provavelmente vocês sabem falar inglês e não têm dificuldade em dizer "fact". já agora por falar nisso, "seção" vocês dizem, também não compreendo como isso ficou assim, pois confunde-se com sessão. Aqui se dizem isso "seção" em vez de "secção" pensam logo que estão a falar em sessões.

Não temos dificuldade em falar os 'C's, pois do mesmo modo que vocês falam “facto” e “secção”, nós falamos “aspecto”, “infectar”, “catacterística” e etc.

Sobre “SESSÃO”, “SEÇÃO” e também “CESSÃO”, justamente por causa da pronúncia completamente igual no português brasileiro, os professores já estudam a matéria e são obrigados a explicar a diferença de cada uma das palavras:

Sessão - Escrita desse modo significa espaço de tempo de uma reunião deliberativa, de um espetáculo de cinema, teatro, etc.

Exemplos:
*A sessão demorou muito a começar, mas o filme valeu a pena.
*A sessão terá como objetivo aprovar ou não a nova lei do estudante.
*A sessão com o psicólogo durou um pouco mais do que o planejado.

Seção - Desse modo quer dizer o mesmo que secção, ou seja, do ato ou efeito de repartir.

Exemplos:
*Saiba tudo sobre as novas regras ortográficas! É só clicar na seção "Acordo Ortográfico" do Portal Brasil Escola.
*Cada seção deste projeto vai ter que ser analisada.

Cessão - Escrita desse modo tem um único significado: ceder, ou seja, transferir algo, dar posse de algo a outrem.

Exemplos:
*A cessão de suas terras foi aceita.
*Autorizei a cessão dos materiais deste departamento à instituição carente que os solicitou.

>>> Mais informações: Brasil Escola - Recomendo esse site.

Claudio Novais (22-12-2012, 15:48) escreveu:Isto são apenas alguns exemplos de não evolução natural, mas sim de evolução do desleixo. Por isso mesmo pedi desculpa logo de início sobre esta minha opinião, mas existe inúmeros exemplos disso mesmo. As maiores divergências estão acima de tudo no desleixo do rigor aquando da educação.

Não se preocupe, não levo como uma grosseria, ou coisa parecida, até porque, você mesmo nos diz para expressarmos nossas opiniões, seria hipocrisia da nossa parte, não aceitar as suas.

Claudio Novais (22-12-2012, 15:48) escreveu:Sobre os erros, todos dão, alguns mais que outros, é normal. A questão é generalizar os erros como tem acontecido. E precisamente por causa disso é que sou completamente contra a noção que o Ron falou de que o país Brasil é maior portanto o português PT deve seguir a maioria. Não, o português vem de Portugal e no Brasil o que aconteceu foi um total desleixo da língua principalmente nos últimos anos com a forte difusão do inglês via tecnologias.

Sobre isso, eu de verdade, não tenho argumentos.

Claudio Novais (22-12-2012, 15:48) escreveu:Portanto evolução? Ok, pode-se aceitar isso tal como ocorreu do latim para as diferentes línguas, mas aí chamem-lhe língua Brasileira. É que cada vez mais vemos que o PT-BR é uma junção entre preguiça de rigor com o inglês. Vocês que estão desse lado não notam porque é-vos natural. Aqui vê-se bem o que está a acontecer pois impingiram-nos muitas coisas estranhas vindas daí.

Eu sou preguiçosa para estudar a língua, mas para suprir, eu procuro ler alguma coisa, como uma notícia, ou um livro que a grafia esteja revisada e correta. Escrevo mais pelo instinto do que pela gramática. Se o resto das pessoas fossem assim, o desleixo cairia.

Ah, eu gostaria de apontar uma coisa:

Nós chamamos os povos nativos do Brasil, ou da América (o continente como um todo), de índios. Em história do Brasil, nos é dito que quando os portugueses chegaram aqui, pensaram que estavam nas Índias (Índia), e começaram a chamar os nativos de índios e índias.

Em inglês o termo "indian" serve tanto para o "indiano" quanto para o "índio". Hoje, cientistas, para separar ou diferenciar os dois povos, usam o termo Ameríndio.

Interessante, não? :D
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Claudio Novais » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 20:43

Pelo menos deste lado do atlântico, índio é nativo das américas. Indiano é uma pessoa natural da Índia. ;)

Sobre os vários pontos que você disse, eu concordo que haja explicações para tal. Agora o que eu digo é que uma porção enorme das palavras (e principalmente as palavras que nasceram nos últimos 20 anos que são muitas) nasceram de facilitar a língua, ou seja, de não exercer o que a educação devia ter imposto. O exemplo da meia é precisamente isso mesmo, nasceu de dizer meia dúzia, quase de certeza. Faz sentido? Na minha opinião não.

Mas o mais flagrante é mesmo nos nomes vindo do inglês derivado das tecnologias. E esses exemplos são bem distintos dos exemplos que o Ron deu! A Alface e o Alcool provavelmente não havia palavra que expressão tal coisa e portanto foi necessário adquirir um nome. Agora "baixar"? Não! Baixar para além de ser uma palavra originalmente com um sentido completamente distinto, não explica rigorosamente nada sobre o ato de transferir um ficheiro.

O mesmo acontece com o startar. Startar???? pfffff, isso chama-se INICIAR o menu do Windows. Lá por ter o windows em inglês não lhe vamos chamar de startar! Os professores deviam punir muitos as notas dos alunos que dissessem palavras assim! E sobre os seus professores, compreendo-os perfeitamente, eu próprio sinto o mesmo que eles!

Quando não há palavras que possam dar nome a algo, nomeadamente palavras nativas ou palavras da língua mãe (neste caso seria o Latim), então aí acho perfeitamente natural utilizar a palavra originária, provavelmente do Inglês. Quantas palavras realmente estão dentro desta restrição que eu disse? Muito poucas para ser franco. E é por isso mesmo que não acho boa ideia o país Portugal adotar uma nova vertente linguística baseada em falta de rigor.

Sobre o acordo, bem na verdade eu até gosto dele. Há palavras que nós realmente não dizíamos o C e portanto de certa forma ainda bem que desapareceram. Mas a questão aqui é que elas são uma minoria. Outro aspeto que me interrogo é como é possível o AO ter tirado (não sei se depois voltaram atrás nisso) todos os acentos das esdrúxulas. Acho essa regra importantíssima para facilitar a leitura de palavras longas e acho que faz muito sentido para distinguir a fonética de palavras iguais com sentidos distintos. Infelizmente isso é uma das regras que acho que está em vigor, mas sinceramente nem tenho a certeza.

A aquisição de todas as palavras do inglês, também são outro aspeto que detesto ver no AO. Eu recuso-me a usar determinadas palavras que vêm do Brasil agora como corretas. Não faz sentido usá-las. O único sentido que elas têm é dentro do vosso seio que vocês se habituaram a falar dessa forma. Para eu as dizer, prefiro começar a falar só em inglês!


PS: você diz que é distraída e trabalha de maneira óbvia e não estudada? Bom, acredite em mim: você praticamente fala PT-PT, tal como o Ron! E aqui vê-se bem a diferença em quem sabe Português de quem fala PT-BR. ;)
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Alessandra Vianna » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 21:52

Claudio Novais (22-12-2012, 19:43) escreveu:Pelo menos deste lado do atlântico, índio é nativo das américas. Indiano é uma pessoa natural da Índia. ;)


Eu sei. Nós também falamos indiano para quem é da Índia. Eu quis dizer que em inglês a palavra "indian" é a mesma para os dois povos. Como nós, portugueses e brasileiros, temos duas palavras para diferenciar, não há confusão. Mas um estrangeiro quando aprende inglês, nota a diferença, em New York tem os Yankees, eu não sei se isso é uma forma para diferenciar um índio lá.

Mas os cientistas agora os chamam de Ameríndios. São os povos indígenas da América (o continente)... Aliás, especificar América, o Continente, de América, Estados Unidos, para não haver confusão é chato... O Brasil está na América também. Mas eles irão dizer: na América do Sul...

Para nós, cá embaixo, América é completamente de diferente de Estados Unidos.

Claudio Novais (22-12-2012, 19:43) escreveu:Sobre os vários pontos que você disse, eu concordo que haja explicações para tal. Agora o que eu digo é que uma porção enorme das palavras (e principalmente as palavras que nasceram nos últimos 20 anos que são muitas) nasceram de facilitar a língua, ou seja, de não exercer o que a educação devia ter imposto. O exemplo da meia é precisamente isso mesmo, nasceu de dizer meia dúzia, quase de certeza. Faz sentido? Na minha opinião não.


Não saberia dizer os neologismos, pois dos 20 anos que passaram, eu não teria capacidade para notar, eu era criança. Para mim, estava ali. Isso é muito estranho, mas que eu notei diferença na escrita e nos textos depois do acordo, eu posso dizer que sim. Penso agora no Oscar Niemeyer, que acabou de falecer. Ele viu o mundo e a escrita mudar.

Mas o mais flagrante é mesmo nos nomes vindo do inglês derivado das tecnologias. E esses exemplos são bem distintos dos exemplos que o Ron deu! A Alface e o Alcool provavelmente não havia palavra que expressão tal coisa e portanto foi necessário adquirir um nome. Agora "baixar"? Não! Baixar para além de ser uma palavra originalmente com um sentido completamente distinto, não explica rigorosamente nada sobre o ato de transferir um ficheiro.

O mesmo acontece com o startar. Startar???? pfffff, isso chama-se INICIAR o menu do Windows. Lá por ter o windows em inglês não lhe vamos chamar de startar! Os professores deviam punir muitos as notas dos alunos que dissessem palavras assim! E sobre os seus professores, compreendo-os perfeitamente, eu próprio sinto o mesmo que eles!

Quando não há palavras que possam dar nome a algo, nomeadamente palavras nativas ou palavras da língua mãe (neste caso seria o Latim), então aí acho perfeitamente natural utilizar a palavra originária, provavelmente do Inglês. Quantas palavras realmente estão dentro desta restrição que eu disse? Muito poucas para ser franco. E é por isso mesmo que não acho boa ideia o país Portugal adotar uma nova vertente linguística baseada em falta de rigor.


Eu falo Iniciar e Reiniciar por costume, o botão do Windows aqui em casa sempre foi Iniciar, por quê eu mudaria?

Mas é verdade que as pessoas se prendem aos estrangeirismos, eu aceito alguns, mas outros são intoleráveis.

Eu li uma vez que além de radicais latinos, também temos alguns que são do grego:

do grego:
radical: arcaio
significado: antigo
exemplo: arcaísmo

Muita mistura. Muito interessante.

Baixar, é estranho, porque eu uso como "baixar um santo", ou "descer um santo". Quando alguém é possuído por algum espírito. Nas religiões espíritas africanas, "baixar" é um termo bastante usado, ou mesmo "'receber' um santo" também. Falo download mesmo.

Sobre o acordo, bem na verdade eu até gosto dele. Há palavras que nós realmente não dizíamos o C e portanto de certa forma ainda bem que desapareceram. Mas a questão aqui é que elas são uma minoria. Outro aspeto que me interrogo é como é possível o AO ter tirado (não sei se depois voltaram atrás nisso) todos os acentos das esdrúxulas. Acho essa regra importantíssima para facilitar a leitura de palavras longas e acho que faz muito sentido para distinguir a fonética de palavras iguais com sentidos distintos. Infelizmente isso é uma das regras que acho que está em vigor, mas sinceramente nem tenho a certeza.


Sobre os acentos, eu concordo com você.

Já pensou se a palavra "prática" tivesse perdido o acento?

Ele pratica esportes.

Ela precisa de pratica (prática) para jogar melhor.

O trema não é um acento, mas eu estou com "raiva" até hoje de ele ter caído. Era assim que eu diferenciava quando a letra "u" era pronunciada.

conseqüência

Agora, vou ter que pensar "u", com um "c" no lugar do "q": consecuência

Ficou horrível... não ficou?

agüentar

não tem letra para pôr no lugar do "g" para fazer pronunciável a letra "u": aguentar; acuentar? :(

A aquisição de todas as palavras do inglês, também são outro aspeto que detesto ver no AO. Eu recuso-me a usar determinadas palavras que vêm do Brasil agora como corretas. Não faz sentido usá-las. O único sentido que elas têm é dentro do vosso seio que vocês se habituaram a falar dessa forma. Para eu as dizer, prefiro começar a falar só em inglês!


Não precisas usá-las, Claudio. O inglês não é nossa língua materna, eles não devem impor isso a nós.

PS: você diz que é distraída e trabalha de maneira óbvia e não estudada? Bom, acredite em mim: você praticamente fala PT-PT, tal como o Ron! E aqui vê-se bem a diferença em quem sabe Português de quem fala PT-BR. ;)


Devo ser troll hahahahah :troll:

Estou brincando... São pesquisas.

Eu me pego pesquisando as diferenças:
Eléctrico = Bonde
Autocarro = Ônibus
Comboio = Trem
Bicha = Fila
Golo = Gol
Prego = Sanduíche (típico de Portugal)

Comecei a fazer isso quando vi um texto num livro de português que eu tive na 7a. série. Falando de cuecas e camisolas, os garda-redes, a bicha e por aí vai... Passei a fazer isso.
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Claudio Novais » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 22:13

Atenção com bicha xD Isso é utilizado apenas da forma completamente informal e até em certas zonas do país, até porque na maior parte do país isso é conotado para outra coisa bem diferente xD Usamos muito a palavra Fila também, aliás, essa é a palavra comum ;)

Sobre os outros, sim, é assim que se fala. Apesar de que o Prego não sei se estará certa, o Prego é isto:



Sobre o "baixar" você ainda não me convenceu :desdentado: continua a não fazer sentido :D
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Ron Alon » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 22:28

Cláudio, o baixar não tem como convencer. Foi uma gíria daqui que acabou pegando. Geralmente as mudanças da língua ocorrem assim mesmo, com gírias.

Entretanto, em 1971 tivemos um acordo ortográfico, feito por PORTUGAL e pelo BRASIL mas que só era válido no Brasil (é, eu também não entendi). A proposta de unificação foi feita em 1990 e só aceita em 2008.

Se levarmos tudo isto em conta, apenas 19 anos para uma mudança geral. Parece muito, mas não é. Eu tenho 20 anos. Neste meio tempo, estudei tudo o que havia para estudar e me formei na faculdade.
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Ron Alon » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 22:40

Cláudio, sobre palavras com sentido completamente distinto, infelizmente a língua é assim.

A palavra fazenda, por exemplo. No Latim era coisas que estavam para ser feitas. No português arcaico, virou um conjunto de coisas já feitas por uma outra pessoa. Derivando deste, a palavra ganhou dois sentidos: conjunto de bons/haveres e mercadoria de pessoas/povos. Destas duas, derivou-se para "recursos do poder público" (Ministério da Fazenda) e propriedade rural onde se desenvolve produtos como panos e tecidos. Hoje fazenda é sempre "recursos do poder público" ou "propriedade rural". Lembra qual era o sentido original de fazenda? Coisas que estavam para ser feitas. O que raios isto tem a ver com "recursos do poder público" ou "propriedade rural"?
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Diemerson » Sáb, 22 de Dezembro 2012, 23:26

A palavra "descarregar" em vez de download me causa a mesma estranheza que o Cláudio talvez sinta ao ver a palavra "baixar" empregada nesse sentido.

Também NUNCA vi qualquer pessoa usar a palavra "startar". A não ser na internet, mas acho que nesse caso é simplesmente para chamar a atenção.

Sobre o "mais" e o "mas" é um erro terrível que várias pessoas cometem mesmo, infelizmente.
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Re: Senadores do Brasil já defendem mudar o acordo ortográfi

Mensagempor Alessandra Vianna » Dom, 23 de Dezembro 2012, 1:47

Claudio Novais (22-12-2012, 21:13) escreveu:Atenção com bicha xD Isso é utilizado apenas da forma completamente informal e até em certas zonas do país, até porque na maior parte do país isso é conotado para outra coisa bem diferente xD Usamos muito a palavra Fila também, aliás, essa é a palavra comum ;)

Sobre os outros, sim, é assim que se fala. Apesar de que o Prego não sei se estará certa, o Prego é isto:



Sobre o "baixar" você ainda não me convenceu :desdentado: continua a não fazer sentido :D


Claudio, obrigada pela correção. Eu pesquisei prego e vi tanto sanduíche como um prato de comida. No livro que eu havia lido, que lhe falei ali em cima, era sanduíche (sandwich, olha o estrangeirismo).

---

Editando... Então, o prego seria como um PF aqui no Brasil!!

PF é Prato Feito

Editado pela última vez por Alessandra Vianna em Dom, 23 de Dezembro 2012, 1:53, em um total de 1 vez.
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