Reuniões de Câmara poupam no papel

[marcocandeias]

As Reuniões do executivo Vieirense abriram portas à Era Digital. Assim, o processo tradicional do uso do papel deu agora lugar ao domínio digital, eliminando-se assim a circulação física das propostas. Agora os vereadores têm à sua frente ecrãs para poderem ver os processos e os documentos que estão a discutir.

O mais importante desta medida é que deixa de ser necessário copiar documentos, tantos quantos o número de vereadores da autarquia, poupando-se assim milhares de cópias por ano. Trata-se de uma medida que para além de permitir agilizar os processos de preparação da reunião, permite uma maior celeridade processual e não menos importante, é também, uma medida que possibilita uma contenção de custos.

Para além das vantagem já referidas, quer em termos processuais, quer em termos económicos, esta medida é ainda uma medida amiga do ambiente, na medida em que a poupança de papel evita que sejam abatidas menos árvores.

Em termos técnicos, foi usada uma tecnologia da empresa Ncomputing para os utilizadores, sendo que o Linux foi usado como sistema operativo (Software Livre) e o LibreOffice usado como software de produtividade (Software Livre). Esta aposta vem claramente ao encontro do que de mais inovador se faz em termos internacionais. Com este sistema, a Câmara Municipal pensa poupar em até 75% o seu consumo energético e, acima de tudo, tentar criar um novo paradigma na Função Pública baseado em Software Livre acessível a todos.

http://www.cm-vminho.pt/index.php?oid=7650&op=all#cont

[José Craveiro]

Sem entrar na questão da gestão de recursos que envolvam a capacidade financeira de organismos públicos como esse e que na atual conjuntura ultrapassar este tipo desafios com o menor impacto possível, é palavra de ordem, a implementação de medidas que visem a otimização de outros recursos, concretamente na gestão do uso do formato papel em tarefas de carácter administrativo, eu, todos nós, o planeta agradece!

Sendo o outro lado da questão preenchido pela utilização da plataforma Linux na gestão de atividades como as que referiu e já com garantia de sucesso, revela que velhos paradigmas baseados em ferramentas até muito recentemente tidas como indispensáveis e insubstituíveis, são muitas vezes suplantados pela verdadeira essência e filosofia inseridas no vasto desenvolvimento do mundo do software livre e que a cada dia que passa ganha cada vez mais terreno.

As perspetivas pelo que desde já pode concluir são muito animadoras e a sequência de objetivos satisfatoriamente cumpridos certamente irão revelar que existem opções inteligentes e inadiáveis, porque o futuro a estas pertence.

Sinceras saudações a Vieira do Minho.

[marcocandeias]

Além destas medidas:

1) Migramos a gestão da rede e das partilhas para uma solução baseada em Open Source (IPBrick);
2) E-mail baseado em Open Source;
3) Estamos a migrar os MS Office's para LibreOffice's;
4) Estamos a implementar gestão documental baseado em partes Open Source;
5) Estamos em fase de testes de software SIG baseado em Open Source também;
6) Estamos atentos à questão da implementação do Cartão do Cidadão na desmaterialização dos processos;
7) Temos já alguns postos de trabalho a trabalhar em Linux.

Vamos andando e vamos vendo como a coisa corre... Para já, tudo ok.

[José Craveiro]

Além destas medidas:

3) Estamos a migrar os MS Office's para LibreOffice's;

Vamos andando e vamos vendo como a coisa corre... Para já, tudo ok.

Pronunciando-me por exemplo em relação a este ponto, pode-se dizer que a inebriante desconfiança veiculada pelo principal pacote de aplicativos concorrente não está em muito boa posição para assumir o lugar que ocupou durante muito tempo.
A familiaridade que será encontrada por quem usava o MSOffice e migra para o LibreOffice pode tornar-se um fator determinante nesta escolha e o Office 2007 foi um grande exemplo disso.

? Ou

[marcocandeias]

Concordo.
Além do mais, toda a instituição ainda trabalhava com Office 2003, o que esta mudança nada (ou quase nada) veio trazer de novo. Seria mais difícil a adaptação ao Office 2007 ou 2010.

[José Craveiro]

Para além do que muito ouço acerca da drástica mudança do MSOffice 2003 para o 2007 e mais recentemente para o 2010, embora este último apenas com um impacto muito superficial face ao anterior, estou quase a testemunhar no meu local de trabalho a essa transição que neste momento já deixa vários funcionários com os nervos à flor da pele.
Todos muito habituados ao lado prático deixado pela versão 2003 terão que na próxima semana fazer uso da versão 2007.
No fundo é disso que se trata, o lado prático deixado pelo Office 2003 não encontrado nas versões seguintes requer uma atualização e não o que mais parece ser uma substituição e aqui o LibreOffice entra em cena de muito boa forma e sem esforços significativos na adaptabilidade cujos pontos somam e seguem.

Em muitos países o conceito de software de produtividade ganhou asas há já vários anos e as suas experiências têm provado e desmistificado esta alternativa como francamente viável. Portugal só muito recentemente acordou para esta realidade em boa parte devido ao poder dominador que a microsoft tem mantido.
Eis um grande momento para que também outras autarquias repensem e avaliem sensatamente a relação custo/benefício nas ferramentas que utilizam na sua gestão, porque a otimização de custos face ao atual endividamento do Estado passa também por aqui!

[Claudio Novais]

Todos muito habituados ao lado prático deixado pela versão 2003 terão que na próxima semana fazer uso da versão 2007.

Hmm, em todo esta minha resposta, que é constituída por várias partes, este é o único ponto que discordo! Na verdade, o Office é talvez o "menino mais bonito" que a microsoft tem, a par do excelente MS Visual Studio. Na minha opinião não há melhor suite de escritório que o MS Office. Se a nova interface é má? Acredito que muitos a achem má, mas provavelmente porque ainda não a usaram durante duas semanas intensivas ou então porque são muito afincados aos seus ideais! Digo isto porque, verdade seja dita, a estruturação destes menus está muito mais organizada e direta ao assunto. Os grupos (ou abas) estão conforme as várias fases de desenvolvimento dos documentos e, claro, o aspeto visual está muito melhor que das versões antes do 2003, inclusive.

No fundo é disso que se trata, o lado prático deixado pelo Office 2003 não encontrado nas versões seguintes requer uma atualização e não o que mais parece ser uma substituição e aqui o LibreOffice entra em cena de muito boa forma e sem esforços significativos na adaptabilidade cujos pontos somam e seguem.

Aqui claro está que, para quem utiliza profissionalmente o 2003, será uma oportunidade de ouro evoluir para o OpenOffice/libreOffice, pois as semelhanças são enormes e as diferenças de preço são ainda maiores! Acredito que qualquer gestor de qualquer empresa, se estiver nesta situação e souber deste facto, não hesitará em realizar tal evolução, que na verdade, na minha opinião, é praticamente monetária!

Em muitos países o conceito de software de produtividade ganhou asas há já vários anos e as suas experiências têm provado e desmistificado esta alternativa como francamente viável. Portugal só muito recentemente acordou para esta realidade em boa parte devido ao poder dominador que a microsoft tem mantido.

Pois é, infelizmente no nosso Portugal, e principalmente a parte pública, está demasiado encardida na microsoft, o que faz perder muito dinheiro deste país já de si pobre. No entanto, esta notícia desde tópico é prova de que os tempos estão em mudança, por isso, acredito que a seguir à câmara de Vieira do Minho, mais virão!

Assim, e visto que não comentei ainda este tópico, dos os meus sinceros parabéns por esta evolução e espero que ela decorra da melhor forma! Caso precisem de alguma ajuda, não hesitem em contactar-nos! Ou por aqui pelo fórum ou diretamente pelos contactos apresentados no blog Ubuntued!

[José Craveiro]

Hmm, em todo esta minha resposta, que é constituída por várias partes, este é o único ponto que discordo! Na verdade, o Office é talvez o "menino mais bonito" que a microsoft tem, a par do excelente MS Visual Studio. Na minha opinião não há melhor suite de escritório que o MS Office. Se a nova interface é má? Acredito que muitos a achem má, mas provavelmente porque ainda não a usaram durante duas semanas intensivas ou então porque são muito afincados aos seus ideais! Digo isto porque, verdade seja dita, a estruturação destes menus está muito mais organizada e direta ao assunto. Os grupos (ou abas) estão conforme as várias fases de desenvolvimento dos documentos e, claro, o aspeto visual está muito melhor que das versões antes do 2003, inclusive.

Usei a suite 2007 bem mais do que duas semanas e se o fiz intensivamente, bom, não sei responder bem a isso, posso dizer que todos os dias num espaço de quase 2 meses tinha que o utilizar para trabalhos específicos só em MSOffice. A meio desse tempo já achava quase insuportável e a praticidade encontrada na suite 2003 tinha francas semelhanças com o anteriormente usado OpenOffice e pesava mais na balança. Hoje com o meu LibreOffice, as expectativas que existiam foram superadas.