Isso naturalmente não custa nada em termos de licenciamento, mas pode ser chato e/ou demorado, ou ainda eventualmente pode trazer problemas inesperados e incompatibilidades diversas. A edição LTS resolve parte do problema. Ela "congela" os recursos e recebe atualizações de segurança e correções importantes por mais tempo do que as edições comuns. Só que quem quer ou precisa das novidades sempre tem que usar as versões intermediárias, não-LTS.
A Canonical estuda mudar isso um pouco, dando um novo modelo de desenvolvimento ao Ubuntu. Se a proposta for mantida, depois do Ubuntu 14.04 LTS (a ser lançado em abril de 2014) uma nova versão do sistema só chegará em dois anos, na forma da 16.04 (em abril de 2016).
Isso tornará o Ubuntu algo mais próximo de uma distro rolling release: menos números de versão, mais recursos atualizados em menor tempo. Não será necessário esperar até 6 meses para a inclusão de uma nova versão do kernel, módulo essencial ou determinado recurso inovador na interface. Assim que lançado e testado o novo pacote vai para o sistema de atualizações, mantendo todos os usuários com um sistema provavelmente mais rápido, estável e agradável. Sem precisar esperar tanto tempo nem ficar atualizando a distro inteira a cada seis meses. Parece bom.
Dados os testes de qualidade, as equipes da Canonical parecem prontas para o novo modelo. A dinâmica será alterada, exigindo um processo mais rigoroso de testes antes da liberação das atualizações. Colocando na balança, os benefícios parecem maiores do que os eventuais problemas.
Se interessar, confira um hangout com Leann Ogasawara, da equipe do kernel na Canonical, onde ela comenta a possível mudança (em inglês):