Segundo cientistas do Laboratório Nacional de Oak Ridge (EUA) e técnicos da Cray, empresa que construiu o computador, os 20 mil conectores da máquina têm ouro demais. O metal precioso em excesso, ao invés de ajudar, atrapalha o fluxo de dados entre as GPUs e as CPUs. Com o problema, o supercomputador apresenta erros na operação e os cientistas não conseguem operá-lo na velocidade máxima. O equipamento é utilizado para ajudar em pesquisas na área de energia.
Equipes especializadas já trabalham na solução do problema, considerado incomum por especialistas uma vez que essas máquinas só usam tecnologias com alta taxa de confiabilidade. Se tudo der certo, em meados de abril, a máquina volta a operar.
O poderoso Titan, o supercomputador capaz de fazer quase 20 quatrilhões de cálculos por segundo, não foi eleito o mais rápido do mundo à toa pelos pesquisadores do Top500.
A máquina tem configurações assustadoras: cerca de 560.640 processadores. Destes, 299.008 são da CPUs Opteron 6274 da AMD; e 261.632 são GPUs Nvidia Tesla K20X. As unidades de processamento, junto com placas que somam 710 terabytes de memória, estão dentro de um hardware montado pela Cray, uma das mais tradicionais empresas da área de supercomputação. O sistema do computador é um Linux feito especialmente para a máquina.
A máquina, quando chegar ao seu limite de velocidade, será capaz de dar respostas 10 vezes mais rápidas que o Jaguar, o supercomputador que reinava no data center do Oak Ridge até meados de 2012.
O Jaguar, aliás, foi desmontado. E a sua estrutura foi aproveitada para dar vida ao Titan, que custou quase 100 milhões de dólares. No vídeo abaixo, é possível ver engenheiros e técnicos trabalhando no upgrade da máquina: ou seja, montando placas, instalando peças, colando adesivos e dando vida ao supercomputador americano.
Segundo a Nvidia, a atualização valeu a pena para o governo americano. O Titan é 10 vezes mais rápido que o Jaguar. Além disso, a máquina é mais econômica no consumo de energia.
Num comunicado a imprensa, a Nvidia disse: "Caso o laboratório Oak Ridge tivesse atualizado o Jaguar através da simples expansão de sua arquitetura baseada em CPU, o sistema teria mais de quatro vezes seu tamanho atual e consumiria mais de 30 megawatts de energia" .
Abaixo, o vídeo (feito em time lapse) da transformação do Jaguar no Titan: