A companhia não deu muitas explicações sobre os seus motivos, limitando-se a dizer que o serviço não era utilizado por muitas pessoas.
De acordo com o All Things D, uma das razões para a decisão é que o Google queria evitar problemas com privacidade e outras questões legislativas. Cada produto da companhia requer uma equipa de advogados pronta para entrar em acção assim que for necessário. E isso requer um custo que, aparentemente, a empresa não estava disposta a pagar.
O site, que diz ter uma fonte «familiar com o assunto» alega que, nos últimos dias, o Reader não contava nem mesmo com cargos essenciais, como director de produto ou um engenheiro responsável.
Assim como outras grandes empresas de tecnologia, o Google tem um histórico de problemas nos tribunais. Recentemente a companhia foi condenada a pagar 7 milhões de dólares por recolher senhas de Wi-Fi com os carros do StreetView; no ano passado, gastou mais de 22,5 milhões de dólares por violar acordos com a Federação do Comércio dos EUA.
De acordo com Nick Baum, um dos primeiros directores de produto do Reader, e que não trabalha mais no Google, o serviço já não dava lucro. E, «se um produto para consumidores do Google não está a fazer dinheiro, a menos que tenha pelo menos 100 milhões de utilizadores, não compensa mantê-lo», disse.
Vender o Reader também não era uma opção, já que estava integrado ao Google Apps e desvinculá-lo seria um processo complexo.
Segundo Baum, a ironia é que o Google nunca se preocupou em melhorar o serviço ou procurar investimentos. «Algum dia alguém irá criar algo nessa área que irá funcionar. E então talvez o Google o compre», concluiu.
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