Salamandra robô tem "espinha dorsal" digital e simula réptil
Parece que não seremos os únicos animais da face da Terra a ser substituídos por robôs quando as máquinas tomarem conta do planeta. Um novo "animal digital" - a Salamandra Robotica II - é um réptil robótico anfíbio criado pelo Biorobotics Laboratory (BioRob) da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça, capaz de mover-se como o animal real.
A Salamandra II (segunda geração da família) pode nadar, rastejar e andar em diferentes direções e a diferentes velocidades replicando exatamente os movimentos de uma salamandra de carne e osso. Para isso os cientistas do BioRob desenvolveram uma "espinha dorsal" a partir de uma rede neural de circuitos digitais que está instalada nas costas do animal.
A rede é comandada por um um laptop que envia sinais elétricos para o corpo do robô. Dependendo da intensidade dos sinais, o robô vai realizar um dos três tipos de movimentos. O laptop faz o papel do"cérebro" digital do robô e reproduz exatamente o tipo de sinais elétricos emitidos pelo cérebro de uma salamandra real e enviados à sua espinha dorsal para que ela se movimente.
Segundo o laboratório, o desenho modular da salamandra robô permite mudar rapidamente sua morfologia (torná-lo mais comprido, mais curto, adicionar ou remover pernas etc.). Além disso, cada módulo tem seu próprio microcontrolador, bateria e motor, de forma que se o robô for cortado ao meio, por exemplo, ainda terá autonomia para andar.
O principal propósito do projeto, segundo o BioRob, é testar hipóteses e criar modelos sobre circuitos neurais ligados à espinha dorsal que controlam a locomoção de animais vertebrados. Para isso o laboratório trabalha com neurobiologistas. Um segundo propósito, mais comercial, é abrir caminho para a fabricação de robôs anfíbios que podem ser usados para tarefas de inspeção ou resgate em locais de difícil acesso como por exemplo detritos após um terremoto, inundação ou soterramento por lama.
Referências: