"Em cinco anos, acredito que não existirá mais motivos para comprar um tablet", completou Heins. "Talvez uma tela grande em seu ambiente de trabalho, mas não um tablet". O executivo ainda ressaltou que os tablets "não são um bom modelo de negócio", o que gerou certa curiosidade por parte dos especialistas, pois a própria BlackBerry tentou se inserir nesse ramo com seu PlayBook. O dispositivo, lançado em 2011, recebeu diversas críticas e suas vendas se reduziram até que, no quarto trimestre de 2012, apenas 150 unidades do produto foram comercializadas.
No começo deste ano, Thorsten Heins afirmou que só consideraria lançar um novo modelo de tablet (sucessor do PlayBook) se o negócio se mostrasse extremamente rentável e apresentasse alguns diferenciais dentro de um mercado já consolidado. As declarações do executivo esbarram em um cenário muito promissor para outras empresas como Apple, Samsung e Amazon, por exemplo, que têm visto a venda dos seus tablets aumentar nos últimos meses.
Para os próximos cinco anos, o CEO acredita que a BlackBerry voltará ao mercado móvel competitivo, principalmente com o lançamento do BlackBerry 10. "Vejo a BlackBerry como líder absoluta no mercado de computação móvel. É o que nós estamos planejando. Queremos obter a maior fatia de mercado possível, mas sem sermos imitadores", disse.