Não, o vírus não entra por downloads Wi-Fi, mas de sinais de entrada convertidos em código pelo microfone do seu notebook. O novo malware foi apelidado de “badBIOS” por Dragos Ruiu, o pesquisador de segurança que diz ter identificado a ameaça.
Ruiu disse recentemente ao Ars Technica que ele esteve rastreando o badBIOS nos últimos três anos. Desde que o vírus é declaradamente um pedaço de código, tudo o que ele tem até o momento é uma teoria de trabalho sobre como o malware funciona.
O único detalhe intrigante sobre o badBIOS é que Ruiu é a única pessoa que faz tais afirmações, e ele ainda não produziu provas suficientes para que outros pesquisadores de segurança pudessem examinar de forma independente.
Mas Ruiu, que organiza as conferências de segurança CanSecWest e PacWest, é respeitado o suficiente para que muitos colegas pesquisadores não hesitem em desacreditar completamente de suas reivindicações como sendo pura fantasia.
Ainda assim, sem verificação independente das afirmações de Ruiu, é impossível saber com certeza se o badBIOS é real ou não.
Como o próprio nome sugere, o badBIOS infecta a BIOS do seu PC – o pequeno pedaço de firmware que prepara a máquina antes de iniciar o sistema operacional. Se você alguma vez já pressionou uma tecla como o F2 logo após o seu computador iniciar e, em seguida, foi para uma tela que parece que foi construída sobre um Commodore Vic 20, essa é a BIOS.
Uma vez que uma máquina é infectada, o badBIOS começa a trabalhar na inserção de código malicioso dentro do próprio sistema operacional.
Um malware que começa atacando pela BIOS não é algo inédito, mas a maioria dos códigos maliciosos normalmente atacam os pontos fracos em alvos padrão que vivem dentro do sistema operacional, como o Adobe Reader ou um plugin para o navegador do Java.
Um vírus para a BIOS pode ser mais eficaz, já que é mais difícil de rastrear, e corrigi-lo está além da capacidade da maioria dos usuários de PC.
Mas o que realmente diferencia o badBIOS dos demais é que ele supostamente é capaz de permanecer intacto se alguém reinstalar o firmware BIOS (conhecido como flashing).
O badBIOS também independe de uma plataforma, o que significa que pode infectar e trabalhar em uma ampla gama de sistemas operacionais que incluem Windows, OS X, Linux e BSD, de acordo com Ruiu.
O malware pode infectar uma máquina em uma de duas maneiras, de acordo com a teoria atual do pesquisador. Ele pode invadir uma máquina por meio de um USB infectado ou por meio do envio de sinais de alta frequência, captados pelo microfone de um PC infectado.
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