Google, Facebook e Amazon ameaçam paralisar serviços por um dia em protesto
Como seria sua vida se, de repente, em um só golpe, você fosse impedido de acessar o Facebook, comprar produtos na Amazon e, de quebra, estar impossibilitado de fazer pesquisas de qualquer espécie no Google? Parece o fim do mundo, ainda mais neste ano de 2012, não?
Mas, enquanto a previsão do Apocalipse pelo calendário maia ainda é um objeto de descrença geral, os três pesos pesados da internet de fato estão ameaçando paralisar seus serviços. Ao menos por um dia, em protesto ao Stop Online Piracy Act - o "SOPA" -, as três empresas mais bem sucedidas da rede mundial anunciaram a intenção de "desligarem-se" por um dia.
O Olhar Digital já falou de forma breve sobre o SOPA, mas vale a explicação: trata-se de um projeto de lei tramitando no setor judiciário dos Estados Unidos, que, segundo o próprio resumo, visa proteger os produtores de conteúdo da proliferação indevida e não-remunerada de suas criações. Em outras palavras, um filme distribuído de forma pirata pode valer uma pena desde bloqueio do canal que hospeda o arquivo - torrent, P2P ou HTTP - até processo judicial e prisão dos proprietários do dito canal.
Naturalmente, empresas como gravadoras, produtoras cinematográficas e até mesmo produtoras de jogos eletrônicos assinaram apoio ao projeto, enquanto Google e Facebook o contrariam, sob protestos de que, aprovada, a nova lei poderia dar poder de censura a quem não deve tê-lo, "aleijando" a transmissão de informações na internet.
Dia Negro
O protesto, noticiado pela Fox News como "Blackout", também pode incluir o Twitter e a Wikimedia Foundation, a entidade por trás da Wikipedia. As empresas citadas estão em discussão sobre como levar a operação adiante, baseando-se no "Blackout Day" promovido pela fundação Mozilla - a mãe do navegador Firefox -, realizado há alguns meses.
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Relembro ainda que pelo menos a China, Coreia do Norte e alguns países islâmicos há muito que censuram os conteúdos da Internet. Já para não falar de que não é só a América que está com estas ideias: a Espanha já mostrou que quer avançar também com algo semelhante e a próprio União Europeia quer arranjar maneiras mais fortes, quiçá semelhantes, para impedir a pirataria!
Estamos a caminhar muito rapidamente para uma Internet limitada, sem liberdade, algo que outrora era uma maior vantagem.