O único limite para a Internet das coisas não será a imaginação ou a tecnologia, serão os fabricantes, provoca a Linux Foundation. Sem a interoperacionalidade, os dispositivos de consumo, aparelhos eletrônicos e computadores vestíveis equipados com sensores não vão conseguir reconhecer uns aos outros e se comunicar.
Na visão da organização não existe um fornecedor do setor do consumo suficientemente grande para forçar a interoperacionalidade necessária. Mas há fabricantes com capacidade para impedi-la, ao desenvolverem uma Internet das Coisas centrada em seus produtos.
No cenário desta potencial desconexão eletrônica o segmento de tecnologia open source posiciona-se como proponente do método, do processo e da influência necessários para conduzir a indústria eletrônica a uma verdadeira interoperacionalidade. Será mesmo assim?
Em aproximadamente 12 meses teremos uma ideia mais clara ‒ na Consumer Electronics Show (CES) 2015, em Janeiro próximo ‒ se as iniciativas por parte da Linux Foundation atingirem os seus objetivos. Em Dezembro passado, a organização criou a AllSeen Alliance, que inclui gigantes como a Google, IBM, Cisco e Intel, além de importantes fabricantes de eletrônicos de consumo e eletrodomésticos, prestadores de serviços, varejistas, startups inovadoras e fabricantes de chipsets como LG Electronics, Panasonic, Qualcomm, D-Link, etc.
A AllSeen Alliance dotou um conjunto de software desenvolvido pela Qualcomm, denominado AllJoyn Framewoprk, e colocou-o sob sua gestão como tecnologia open-source. O código, em C++, suporta os principais sistemas operacionais, variantes para sistemas embarcados e vários chipsets.
Qualquer fabricante de eletrônicos ou de eletrodomésticos, ou mesmo um fabricante de lâmpadas LED que utilize o código AllJoyn terá uma base de conectividade com outro produto que suporte o mesmo código. Para a CES 2015 é possível prever, se tudo correr como a Linux Foundation espera, várias marcas e produtos indicando a utilização do AllSeen. Jim Zemlin , diretor executivo da Linux Foundation, acredita na adoção da AllSeen por vários fornecedores .
A disponibilidade desse código deverá produzir um efeito de rede e impulsionar a interoperacionalidade entre dispositivos, acredita Zemlin. “Veremos uma série de produtos este ano já com este código”, prevê.
Fonte: CIO