Uma semana apenas com Arch Linux
Boa tarde pessoal, estou aqui para dar um depoimento de um usuário que sempre usou Ubuntu ou Distros mais “user friendly”, e decidiu sair da zona de conforto e passou a usar apenas o Arch Linux, uma Distro “rolling release”, onde você faz o seu sistema, não vem nada configurado para você, e recomendada para usuários mais avançados, embora eu não seja.
Bom, meu primeiro contato com Linux foi na faculdade, lá nas aulas de Redes, era usado o Slackware, isso no ano de 2006, embora tenha sido meu primeiro contato, eu só passei a ser um “Usuário Linux” de fato, em 2011 com o Ubuntu 11.04, quando instalei ele no Notebook que escrevo neste momento.
De lá para cá, testei várias distribuições, mais todas que facilitavam a vida do usuário final, como openSUSE, Fedora e várias baseadas no Ubuntu, por exemplo, o Linux Mint. A única que usei por algum tempo, e não era tão fácil de usar como estas citadas, foi o Debian 6 e 7, que tinha instalação fácil, mas precisava de alguns ajustes para ficar ao meu modo.
Decidi me aventurar pelo mundo do “rolling release” e depois de pesquisar, escolhi o Arch Linux, principalmente pelo seu vasto https://wiki.archlinux.org/ que é bem completo, principalmente em inglês, mas a documentação em português também é ótima.
Naturalmente não cheguei formatando meu HD logo de cara, e testei durante 01 semana em uma VM. A principio a instalação embora seja toda em modo texto, não foi tão complicada, imprimi um passo a passo, e antes também tinha visto este vídeo que me ajudou muito. Fiz duas instalações em VM, instalei alguns aplicativos que usava, nem todos, mas a maioria, e decidir então instalar na máquina física.
Até semana passada no meu Notebook, eu tinha o openSUSE/Ubuntu instalados, a principio eu iria remover apenas o openSUSE, mas durante a instalação decidir formatar o HD completo, pois no menor grau de dificuldade talvez eu já fosse para o Ubuntu.
Durante a instalação, comecei a notar as primeiras mudanças em relação à instalação em uma VM. Após instalar o sistema base, e cair no “shell” preto, tive dificuldades para conectar a internet, que não tive na VM. Pesquisando no meu celular já que era única alternativa, achei que tinha que ter instalado alguns pacotes que não são apresentado no video. Voltei a dar boot pelo CD e instalei os pacotes, e consegui acessar a internet e finalizar a instalação, e quando cair no Gnome, já pensei nesse vídeo apresentado no blog no http://mindbending.org/pt/ , e já fica a dica, lá tem muita coisa sobre Arch Linux.
Logo notei que não estava acessando a Wifi, e pesquisando novamente no celular, vi que o serviço não ia subir automaticamente a não ser que eu configura-se para isto. Demorou, mas olhando a Wiki eu consegui.
Depois foi só instalar os pacotes pelos repositórios pelo incrível “Pacman” além disso, o Arch Linux também conta com o AUR (Arch User Repository) é um repositório dirigido pela comunidade para usuários do Arch. Ele contém descrições de pacotes (PKGBUILDs) lhe permitem compilar um pacote de um fonte com o makepkg e depois instalar via pacman. O AUR foi criado para organizar e compartilhar novos pacotes da comunidade ajudando a acelerar a inclusão dos pacotes populares. Esse recurso se tornou a porta de entrada de novas aplicações para os repositórios oficiais do Arch Linux. Foi aqui que instalei o Google Chrome com facilidade, e outros pacotes que não estão nos repositórios oficiais.
Para automatizar todo esse processo foi criado pela Comunidade Francesa do Arch Linux um aplicativo chamado Yaourt (Yet AnOther User Repository Tool). O Yaourt engloba todas as funcionalidades do gerenciador de pacotes Pacman, além de estender sua "abrangência" ao AUR, tornando o processo de download, compilação e instalação de pacotes da comunidade, algo transparente e automatizado. A melhor parte de todo o processo é que o Yaourt utiliza a mesma sintaxe do Pacman, praticamente zerando a necessidade aprender e adaptar-se a uma nova ferramenta.
Hoje estou usando à uma semana de Arch Linux, e posso dizer que é um sistema incrível, que é muito leve, estável, atualizado e otimizado para arquiteturas i686 e x86-64. Pode ser, que daqui alguns dias, apareça mais dificuldades, mas hoje estou adorando a experiencia.